segunda-feira, 18 de julho de 2011

Assustado...

Como já há muito não me sentia...

É uma sensação terrível...

Quando sentes medo, refugias-te no teu lar. Aquela casa que já conheces bem, cujos recantos e esconderijos já te são tão familiares como os traços do teu próprio rosto. Aquele lar acolhedor onde mora a tua família, quer sejam pais, irmão avós... Pessoas que têm connosco laços de sangue e mais profundos do que a superficialidade que muitas vezes conota toda a vida humana.

Mas sinto um medo que me gela o sangue que, literalmente, me faz querer pegar num cobertor porque me arrepia os braços... O medo de nem na minha própria casa me sentir seguro.

Que posso eu fazer quando o meu principal refúgio, a minha última fortaleza, pode ser facilmente invadida pelos Espectros que me assombram o passado. Eles que podem até mesmo fazer da minha família um cavalo de Tróia, já que a minha família não conhece a face desse Espectro e lhe abrirá facilmente os portões sem hesitar...

Mas o medo. O medo leva-me à raiva. Não posso simplesmente ficar de braços cruzados a ver as minhas muralhas a colapsar e a serem espezinhadas! Não, esse medo transformou-se rapidamente numa força, uma força que me diz que eu vou lutar, mesmo que seja um exército de um só homem contra o mundo inteiro. Este é o meu Santuário, e vou defendê-lo com tudo o que estiver ao meu alcance. E se eu tiver que usar a força, não hesitarei, mesmo que tenha de me tornar aquele guerreiro que poucos (ou mesmo nenhuns) me viram tornar.

E se isso não resultar? Uma coisa é certa, não vou estar de novo dentro das mesmas quatro paredes que a minha Tormenta. Se tiver de ser, passo para o outro lado das muralhas e tomo a Fortaleza de assalto. Não sei. Uma coisa é certa, estou cansado de estar à mercê de alguém como esse Espectro.

Hoje, isso acabou. De vez.

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