Muitas vezes o que me faz querer conhecer pessoas novas é a possibilidade de trocas culturais e de conhecimentos que possam advir de tais conexões. E nesta busca por cultura geral, às vezes deparo-me com pessoas bastantes inteligentes. Umas são humildes e escondem essa inteligência, tentando ter o cuidado de não dizerem algo que as faça parecer um sabe-tudo insensível. A essas gosto de chamar Professores da Vida. Os professores são assim. Sabem imenso, falam quando devem, partilham com gosto conhecimentos, não com o objetivo de passarem aos alunos a imagem de que são superiores e sabichões, mas porque não querem que aqueles ensinamentos se percam no vácuo do Universo e gostam de os partilhar e de saber que estão, ao fazê-lo, a ajudar alguém a adquirir esses conhecimentos e a manter aquele legado.
As outras são os tais dos Complexos de Superioridade... Essas pessoas adoram brilhar, demonstrar que são inteligentes apenas deitando abaixo aqueles que sabem menos que elas (e notem, que eu não digo os burros, acho que tal coisa não existe, apenas existem pessoas que sabem menos ou mais de um assunto do que outras). Quando vêem que alguém consegue chegar ao seu nível de Q.I., arranjaram um novo amigo (mas continuam sempre a tentar suplantá-lo, por incrível que pareça! Mesmo que o seu coeficiente de inteligência seja menor que o do dito amigo...). Quando descobrem alguém que sabe menos que ele... Bom, revelam os seus complexos de Superioridade. Dizem que sabem apenas para dizerem que sabem, não para transmitirem o seu conhecimento. Depois a outra pessoa fica tão atarantada que não sabe que mais fazer, o que leva a uma cadeia de infelizes eventos em que o tal Complexo de Superioridade se revela cada vez mais. Isso dá-me a volta à cabeça (já para não dizer ás vezes ao estômago, tais são as flagrantes com que às vezes me cruzo).
Mas as piores, são as com o Complexo de Falsa Superioridade. Essa sim, dão-me a volta ao estômago, chegam a ser cínicas, acham-se importantes e só olham para si mesmas. Só que na volta vai-se a ver e não é nada mais do que ar a passar pela garganta, pois sinais electroquímicos não passam muitos pelas sinapses dos Neurónios... E depois, quando se cruzam com um Complexo de Superioridade, ainda alimentam mais a charada para ver se são melhores. E depois com um a querer provar ser que o melhor, inicia-se uma guerra infinita. Quando encontram um Professor da vida... Bom, quando tal acontece, são postos no lugar. Porque esses Professores da Vida são seguros de si mesmos no que toca a ensinamentos. Eles sabem que a única coisa que têm de provar é que a informação que transmitem é verdadeira, e não que são mais inteligentes do que outras pessoas. E com isso, acabam por não se interessar e não ser afetados pelo facto de alguém saber mais que eles. E acabam por desmascarar os Complexos de Falsa Superioridade, pois sabem mais que eles.
Eu? Eu acho que sou um Professor da Vida. Mas o Professor da Vida tem duas vertentes. A de professsor: gosta de ensinar apenas pelo gosto de manter um legado de conhecimentos e não para provar que é mais inteligente do que os outros; e a de Aluno: pois para transmitir estes conhecimentos, tem de os aprender. E Pode ser aluno até com os próprios alunos, pois o Conhecimento é algo que não devia ser unilateral, mas sim bilateral, ou seja, tanto o emissor de conhecimento, como o receptor de conhecimento, devem estar abertos a trocar de papel na transmissão dessa herança de sabedoria. É por isso que gosto de conhecer outros como eu. mas por enquanto? Por enquanto, a Vida fez-se de minha professora e ensinou-me que o Amor é mais importante do que muita coisa. Conhecimentos? Há muitos e muitos meios de os obter? Verdadeiros Amores? Apenas há um em cada tempo de vida e só se obtém se conhecermos a pessoa certa.
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