Iniciei o dia com um exercício de matemática. Lindo. Estou mesmo a ver que vai ser dose, apesar de o período ser só mês e meio... Enfim.
Entre sonhos estranhos, acabei por não dormir muito... Mas ainda assim consegui descansar.
Lembrei-me de um momento ontem que me deixou um bocado nervoso, durante a tarde. Fui com a Jú ao Lidl, como sempre costumamos fazer no intervalo do lanche. A caminho de lá, a conversa recaiu sobre o namorado dela, o Tiago. Depois ela fez uma pergunta que me deixou um bocado aparvalhado. "Então e quando e que me apresentas a namorada?". E eu respondi, hesitante: "Namorada? Não te posso apresentar a minha namorada porque não tenho nenhuma...". Estive para acrescentar "Mas se quiseres que te apresente o meu namorado também é um bocado complicado...". No entanto, contive-me. Decidi que não contaria aos meus amigos da turma enquanto não estiver com o K. (Por acaso, faltam três dias... :P).
Gostava tanto de poder sem medos contar às pessoas, gritar ao mundo o que sinto. Mas isso não é possível, pelo simples facto de que eu e ele somos dois rapazes. Agravado um pouco pela distância, mas essa pode ser facilmente vencida nos dias de hoje. Sonho ainda com um tempo em que as pessoas se deixem de preconceitos infundados e inúteis, não só em relação aos homossexuais, mas a tudo no mundo. Por enquanto, para além de quem tenha vivido na pele o sofrimento causado por esses dogmas, pouca gente há que é compreensivo e tolerante em relação a estes assuntos. O pior, é que, por mais justa que uma pessoa possa ser, nunca saberemos realmente o que pensa, e resta-nos ter receio que as nossas expectativas possam não corresponder à verdade.
Mas eu sempre disse ao K., e a outras pessoas, tal como também disse a minha professora de Português: "Como tudo na vida, temos de correr riscos.". Se não arriscarmos, nunca saberemos. E cruzei-me com uma frase que também reflete isso: "Um barco pode estar seguro se ficar no porto, mas não foi para isso que ele foi construído.". Podemos sentir-nos seguros na nossa esfera pessoas, dentro de nós, mas se não dermos um passo em frente para fora dela, para conhecer os outros e as situações da vida, não saberemos o que nos espera.
Cheers!! =D
6 comentário(s):
*estava a escrever um comentário e o chrome crashou*ahrrrr
Contar às pessoas.
No meu caso, ninguém sabe que gosto dos dois sexos.
Nunca comentei com ninguém.
Acho que ainda não sinto necessidade de o fazer.
Acredito que a partir desse momento, esse pormenor, que sempre existiu comigo, alterará comportamentos, expectativas e opiniões em relação a mim. O que seria de esperar.
Ainda não estou preparado para enfrentar essa mudança.
E acho que as primeiras pessoas a saber não serão os meus pais. Serão os amigos de loooonga data, certamente.
Concordo quando afirmas 'Se não arriscarmos, nunca saberemos'. Contudo, este arriscar deve ser um pouco ponderado.
Mas quando não se arrisca, fica sempre o e se... a pairar na mente, o que chega mesmo a torturar-nos!
Muitos desses ainda hoje deambulam pelos meus pensamentos.
Em relação ao barco.
Bom, por vezes é preferível que ele fique seguro no porto, do que ter um marinheiro que não saiba navegar nele ou que ainda não esteja preparado para enfrentar as tempestades que, possivelmente, encontrará por esse oceano fora.
O melhor mesmo é juntar uma tripulação para nos ajudar a governar esse barco. :P
E para se viver neste mundo, há que ser forte!
Ah, o meu Chrome nunca me deixou ficar mal... Excepto daquela vez em que eu estava a escrever um post e perdi-o completamente porque o browser foi abaixo... Enfim, não há bela sem senão.
Contar ou não contar, eis a questão. Acho que é uma opção que cada um é livre de tomar, e não julgo ninguém por não o querer fazer. Enfim, cada qual sabe o que é melhor para si mesmo.
Cada um tem o seu ritmo, e cada um tem os seus amigos e famílias, diferentes de todos os outros. As circunstâncias são sempre diferentes, o que podem dar resultados diferentes. Claro, temos de arriscar ponderadamente e, obviamente, é bem mais fácil governar um navio com uma tripulação de confiança. Mas enfim, espero que os "e se" que te torturam deixem de o fazer. :)
Já estou farto de dizer às pessoas que não se pergunta pela namorada ou pelo namorado, que perguntem pela “Cara-metade” ou outro termo sem sexo! Ou como os americanos fazem “You significant other” ! É que deixa as pessoas constrangidas :s
Um abraço.
Ora nem mais! Era isso mesmo, devia perguntar pela minha "cara-metade" ou "significant other" x) Ao menos assim não ocorriam episódios destes... Mas as pessoas estão habituadas a perguntar aos rapazes pelas namoradas e às raparigas pelos namorados... Enfim, que se há-de fazer?
Cheers :P
Tal como tu, já tive uma experiência assim e o primeiro amor, o primeiro encontro é mesmo assim e fico contente por seguires em frente. A vida é para ser desfrutada, no entanto também precisamos de ter cautela e a mim parece-me que tu a tens.
Boa sorte!
Cautela... Às vezes até tenho demais, acredita :) Mas obrigado pelo apoio :P
Cheers :)
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