quinta-feira, 7 de abril de 2011

M-A-N-I-P-U-L-A-D-O-R

Hoje recebi uma sms do Miguel, após o incidente em que ele foi tentar descobrir que conversa tive com a Nê que não lhe contei. Um testamento. Vou resumir o que ele dizia em vários pontos:

  1. És uma pessoa cheia de ideais próprios, como se tudo fosse como idealizas.
  2. Achas que és perfeito e, embora não o digas, ages como tal.
  3. Eu não sou assim, nem quero ser, tu estás habituado a regras eu não.
  4. Aquilo que tu chamas meter-me na tua vida, sou eu a ajudar-te [adorei esta, a sério...]
  5. Sempre te ajudei, embora desvalorizes e nunca te prejudiquei.
  6. Tu não és ninguém para me apontar o dedo, podes dar a tua opinião, não exigir
  7. Fui estúpido em preocupar-me demais contigo.
Ora, e eu respondi-lhe o que achava:
  1. Sim, tenho os meus próprios ideias bem formados, mas nada é como eu gostaria que fosse
  2. Exacto, eu digo que não sou perfeito, e sei que não sou. Sou, isso sim, perfecionista.
  3. [A esta não respondi, acho que por razões óbvias... basicamente o que ele disse é que não é disciiplinado e eu sou... não nego...]
  4. A minha preferida... A esta respondi: "Ajudar? Tu meteste-te nos meus assuntos e isso foi por ti próprio, não foi por mim, porque és uma pessoa controladora que não aguenta ficar sem saber cada passo que tomo e cada palavra que digo".
  5. Nunca me prejudicou... Oh, sim, ele não deve estar a contar com aquela vez em que me mentiu para testar a confiança que ele poderia depositar em mim (em vez de ser directo e me perguntar se podia confiar em mim naquele assunto [que, já agora, era um assunto em que eu estava sempre a relembrá-lo que não devia confiar em mim.]) e isso fez-me fazer figura de parvo porque fui transmitir uma informação errada a outra pessoa para a proteger dos planos mal intencionados dele.
  6. Sou sim, alguém para lhe apontar o dedo, quando ele me está a fazer ficar desconfortável com as suas atitudes e me sinto ameaçado por elas.
  7. Eu tentei aguentar durante uns tempos, a "preocupação excessiva" dele [leia-se vontade crónica de me manipular], porque eu próprio me preocupo com os meus amigos, mas recuo quando eles me dizem que estou a querer saber mais do que aquilo que eles querem contar, ao contrário do que ele fez, que, apesar de eu ter pedido para ele parar, continuou à força toda a querer saber o que eu tinha dito. E acrescentei ainda que a sua preocupação excessiva me estava a sufocar tanto que chegou ao ponto de rutura...
No final de ler a sms com este conteúdo, ele teve a brilhante ideia de me dizer: "E onde queres chegar com isto tudo?" Ao que eu respondi: "Desculpa? Isso pergunto eu, tu mandaste-me uma sms na ofensiva, apenas me defendi das tuas palavras. Onde queres chegar com isto? Melhor, onde queres chegar com saber tudo o que eu faço ou digo?" E ele diz: 2Só sei o que me contas." E eu acerto na mosca: "Claro, o problema é que queres saber à força toda mais do que aquilo que te conto". E acabei a conversa a dizer-lhe que não estou com o humor ideal para discussões... Tive um dia difícil...

Tive um daqueles dias em que acordo com a falta de algo. Senti-me sozinho durante todo o dia. Senti a falta de ter aquele famoso abraço de que o K. tanto fala: um abraço carinhoso, preocupado e verdadeiro. Sinto falta do calor de um corpo amado contra o meu [não que tenha havido falta de calor, hoje...]. Sinto falta de amar alguém e de ser amado por essa pessoa. Estranho sentir a falta de algo que nunca senti...

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