Dividido. Como se estivesse num engenho de tortura da idade média, com as mãos e pés atados a dois cavalos, que correm cada um em sua direcção. Uma imagem mórbida. Mas é assim que me sinto. Sempre tive dificuldade em fazer escolhas, pois penso demasiado nos prós e contras. E esta é uma dessas situações. Será que lhe conto ou não? Será que Ela iria aceitar, será que me iria desprezar? Não. Ela não dá indícios disso. Mas se há algo que aprendi na minha curta vida, é que as pessoas são imprevisíveis no que toca a certos assuntos. Mas eu já a conheço desde que me conheço a mim mesmo. Será que vale a pena arriscar largos anos de amizade? Será que é um medo infundado, este de perder a sua amizade, ou é um pressentimento justificado? É quando chega a altura das escolhas, que se fazem os grandes homens. E é também quando se distinguem os fracos de espírito. Mas como poderei eu fazer uma decisão sem saber todas as incógnitas? Mas é por isso que são incógnitas. Porque as desconheço e me estão completamente vedadas. Mas Ela tem o direito de saber, Ela que me conhece tão bem que parece ler-me os pensamentos. A terrível verdade é que terei de lhe contar, pois Ela é a melhor amiga que alguma vez tive e merece saber. Mas como? Haverá uma maneira melhor que outras de lhe contar quem sou? Não sei. E enquanto não souber, sentir-me-ei dividido.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
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