Sinto-me num mundo que não é meu. Acordei assim, acho eu... Talvez seja um sentimento que sempre tenha estado presente, apenas oculto... Isto desperta outros sentimentos em mim, como o de frustração. Cada vez que viro uma esquina na escola, esbarro com um casal de namorados. E fico com raiva por a sociedade criar preconceitos dogmáticos que me impedem de ter o mesmo, sob a pena de ser espezinhado até por aqueles que mais próximos me são. E isto leva ao sentimento do abandono e solidão. Sim, eu sei que não sou o único no mundo a passar pelo mesmo, tenho consciência disso, mas isso não torna a situação melhor do que ela é. É como uma facada nas costas. Sinto-me sozinho, e começo a sentir que todos me viram as costas. Ou pelo menos, sinto que me as virariam se soubessem quem eu realmente sou. E, por causa disso, sou obrigado a manter-me numa prisão que é o meu próprio corpo. De novo, sinto-me frustrado. Sinto-me traído. Não só com os outros, mas também por mim próprio. Esse sentimento de traição do nosso próprio corpo é esmagador. É capaz de me deitar abaixo mesmo nos dias em que me sinto mais bem disposto. Olho à volta e pergunto-me: "Será que ele passa pelo mesmo que eu?", "Será que há alguém que me compreenda?". Deve haver. Mas sinto que não pertenço a este mundo. Se eu pertencesse a este mundo, não teria todos os medos e receios que tenho... Dou voltas entre suspiros durante a noite sem conseguir dormir. Estou prestes a explodir. já sinto o pavio em ignição. Tento a todo o custo deitar água por cima do fogo e impedir esta bomba de se libertar... Mas estou a ficar sem forças para lutar contra isto.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
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6 comentário(s):
É claro que pertences a este mundo. Esses medos são naturais, mas não deves pensar muito nisso. Pensa que há muitos rapazes como tu… e que um dia vais encontrar um e vais ser feliz.
Pois, é isso que eu tento fazer, mas ás vezes é inevitável que o assunto me passe pela cabeça... E eu realmente sei que há bastantes rapazes como eu, mas isso ainda me entristece mais, ao pensar que o mundo é cruel o suficiente para fazer sofrer pessoas que apenas amam de forma diferente... Mas continuo com esperanças de ser feliz :)
È natural, claro, que penses nesse assunto e que te sintas como te sentes.
Eu próprio já o senti, e às vezes, ainda sinto. Por isso, até como afirmas, esse sentimento é partilhado.
Mas não penses que estou a dizer que és só mais um a sentir o mesmo. Claro que não.
Cada pessoa é um mundo.
E eu acho que, às vezes, é bom deixar que os outros consigam encontrar terra no nosso mundo, para que não andem à deriva.
se é que me faço entender ;)
Sim, percebo perfeitamente o que queres dizer :) Acho que é uma questão de continuar à procura do meu porto seguro, enquanto flutuo neste mar de incertezas.
pareçe até que me vi no espelho, somos todos iguais...
Todos iguais, mas cada um à sua maneira ;p
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