quinta-feira, 31 de março de 2011

O dia de hoje foi monótono e bom para estar na praia. Tempo solarengo e abafado... Estive sempre a imaginar as ondas a rebentarem na areia da praia. Bah, e acabei de novo a apreciar os rapazes giros. Que foi? O que é bom é para se ver, não? x)
Não voltei a ver o rapaz parecido com o Mitch Hewer, mas tive aulas com o Ambrósio, que se sentou no lado oposto ao meu da sala... Anyway. Hoje fui com a minha camisola branca às riscas azuis tipo marinheiro, com os meus calções, e os meus ténis brancos, pretos e azuis... Eu sou um amante do Azul... mas disseram que eu estava giro :D Isso são boas notícias! Bom... o único pormenor é que foi uma rapariga que o disse... Mas elas costumam saber o que dizem, não? x)
A aula de português foi a única que passou bem depressa. Fui quem teve melhor nota no teste de escrita. O Gui comentou que eu era quase um pro, apesar de já não treinar há muito tempo. Eu respondi que ainda treinava. "Mas não disseste que já não lias nenhum livro há imenso tempo, sem ser nas aulas de português na oficina de leitura?" - Perguntou. Eu olhei para ele e respondi: "Sim, já não leio há muito, mas isso é treino teórico, refiro-me ao treino prático: escrever. Eu estou sempre e constantemente a escrever.". Ele olhou para mim, curioso, mas a conversa ficou-se por aí.
Hoje o Gui quis brincar um bocadinho com o meu relógio, na aula de química (e esqueceu-se de desligar o cronómetro, que ficou a contar o tempo durante oitenta minutos... -.-). Não que isso importe imenso... São as pequenas coisas que ele faz que me cativam. Não consegui deixar de entrar na brincadeira. Mas depois olho para mim mesmo e repreendo-me por estar a permitir que esse sentimento se desenvolva quando apenas vai dar a um beco sem saída. Farto de bater com a testa em paredes de tijolo estou eu, muito obrigado, não preciso de mais nenhuma na minha vida.
Ainda há pouco tempo alguém comentou que eu não ia ao meu blogue há quase um mês. Sim, eu tenho um outro blogue. Eu comecei a escrever nele... em julho de 2010, creio... Sim, foi isso. Primeiro nem sabia o que lá pôr, mas depois comecei a fazer daquilo um diário. Contava o meu dia, os meus pensamentos. Entretanto, os meus pais descobriram o blogue, e, qual incêndio a deflagrar por uma floresta, essa notícia chegou aos ouvidos de toda a minha família.Claro, comecei a ter um bocadinho de mais cuidado com o que dizia, porque não queria ter os meus pais a chatearem-me para que eu falasse com eles sobre algum desabafo menos agradável que eu fizesse. Pouco tempo depois disso... Diria uns dois meses, comecei a ter dúvidas sobre a minha sexualidade. Uns quatro meses de dúvidas depois, já eu tinha a certeza de que era gay. E duas ou três semanas a seguir, acabo por criar este Blogue. Ultimamente, tenho dado mais atenção a este blogue, porque me sinto mais à vontade em escrever para pessoas que me compreendem, apesar de não me conhecerem pessoalmente, e que têm a oportunidade de me ir conhecendo aos poucos sem formar ideias previamente adquiridas sobre mim, como a minha família e o meu grupo de amigos tem... Enfim, vivo uma vida dupla: de dia sou o rapaz que todos conhecem, e em casa também, mas no meu quarto, passei a ser apenas e somente o Ragdoll.

Cheers! : D
Hot Guy

quarta-feira, 30 de março de 2011

Hoje voltei a cruzar-me com o rapaz parecido com o Mitch Hewer. Mas desta vez foi ao portão da escola. Eu ia a sair, e ele a entrar. Tive de me virar de frente para ele, para passar pelo portão de lado, dando espaço para passarmos ao mesmo tempo. Não consegui focar os olhos dele, tive de virar a cara, escondendo-a na minha boina... Mas fiquei a meia dúzia de centímetros dele... Ai, vida.
Está a ser cada vez mais difícil viver com a frustração, o segredo, o sentimento de solidão... Principalmente com os comentários que fazem sobre homossexuais... Não só no meu ambiente social como familiar, é mau ouvir certas coisas. Claro, não sou o único a passar por isso. Mas sinto que as coisas estão para ficar assim indefinidamente.
Tenho andado vago... Inspirado para escrever, sim, mas um bocado mole... Não sei. Eu sou estranho no que toca a ficar irritado. Em vez de ficar exaltado, fico calmo, pensativo, metódico... Ia acrescentar perfecionista, mas isso sempre fui. Apenas piora quando estou assim.
Mas cá continuo a ver o tempo passar, a ouvir o incessante tic tac do relógio...

terça-feira, 29 de março de 2011

Aparte

A partir de hoje, vou escrever no blogue de acordo com o novo Acordo Ortográfico. Peço desculpa aos leitores que se mantêm fiéis à forma antiga de escrever, até porque eu próprio adoro o antigo acordo... Mas esta revolução tem a sua razão de ser. Eu tenho de me habituar a escrever da nova forma porque a partir de Setembro deste ano, na minha escola, passa a ser permitido apenas o Novo Acordo, quer isto dizer que se eu escrever "actor" em vez de "ator", "acção" em vez de "ação", "Egipto" em vez de "Egito", "Neo-Realismo" em vez de "Neorrealismo", ou "assimptota" em vez de "assimtota"[Lê-se assim-tu-ta], tenho um erro em qualquer teste. As duas últimas palavras podem ser-vos estranhas, mas eu conheço-as bem... Têm a ver com a matéria de português (no caso de Neorrealismo) e de matemática (nomeadamente reta assimptota).

Se, enquanto estiverem a ler isto, pensarem: que raio... Estas palavras sem o "c" e o "p" ficam tão estranhas! Então imaginem eu, que tive de verificar cada vez que escrevia para ver se tinha escrito bem (no novo acordo) ou mal...

P.S. :Odeio o Novo Acordo Ortográfico!!
Hoje estive um pouco ausente do mundo que me rodeava. Estava com o meu grupo de amigos, mas sem conversar. A minha cabeça divagava. Pensei em imensas coisas, incluindo algumas séries televisivas... Como Skins, ou As The World Turns (Que foi a primeira série americana a ter no ar, durante o período diurno, um casal de gays, o Luke Snyder e o Noah Mayer). Isso fez-me pensar, novamente, como seria ter um namorado. E, em última instância, fez-me imaginar a ser um ator/cantor conhecido. Claro, isso não vai acontecer, primeiro, porque não tenho jeito para representar, segundo porque não tenho jeito para cantar.
Na aula de Filosofia, a coisa agravou-se imenso. Primeiro, porque a stôra não conseguia pôr ordem na pocilga, e depois, eu não estava nem para ali virado. Comecei a divagar, com o Gui ao meu lado... E uma colega minha acordou-me das minhas fantasias, pedindo-me para estar atento na aula, para depois a poder ajudar com o trabalho que tinha para fazer de filosofia. Eu abracei essa motivação para tomar atenção à aula. A parir daí foi sempre a abrir.
Ontem decidi fazer o download de um filme: Devil. Yep, aquele filme de terror em que cinco desconhecidos entram num elevador, mas entre eles está o próprio demónio. Fiquei intrigado e acabei por resolver ver. Mas vou esperar mais um pouco, para aumenta o suspense de ver o filme a alas horas da noite, aproveitando que amanhã apenas entro às 15h.
Entretanto, acho que vou trabalhar na minha próxima história... E posso adiantar que... Ainda não vou adiantar nada :P

Cheers!! : D 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Ambrósio, apetece-me algo...

Hoje foi a primeira vês que o Ambrósio me falou. Passo a explicar: Ele é um rapaz do décimo segundo que está a fazer melhoria a Química nas minhas aulas. E ele é cá um pão! Atlético, bem constituído, de ombros largos, músculos definidos (devem estar a perguntar-se como é que eu sei que ele tem os músculos definidos... Andei a espiar as fotos do facebook dele, tenho de admitir... xD) Cabelo castanho que dá um jeito raro, que todos adorariam que o seu próprio cabelo fizesse... E Tem um olho de cada cor, um castanho e outro azul. Eu acho piada a esse facto. Bom, retornando ao que eu estava a contar, hoje comprei um saco de caramelos. Na escola, um colega meu chamado Ed, roubou-mo e fugiu. Ele parou em frente a um grupinho da turma. E quem lá estava no meio? O Ambrósio! Primeiro ele pensava que o saco era de um outro rapaz com quem ele adora embirrar. E ele disse-me isso. Ao que eu respondi: "Mas podes tirar, se quiseres, tenho aí bués...". E ele olhou directamente para mim, com aqueles olhos... Ui, foi demais. E depois ainda voltei a trocar umas palavras com ele na aula, porque uma colega minha que estava sentada na mesma bancada do laboratório que ele pediu-me mais caramelos. Eu levei uma mão cheia e, quando passei por ele, perguntei: "Também queres mais um?" E ele aceitou. Ele aceitou o meu caramelo!! Oh, deuses, pareço uma rapariga de quinto ano -.- Lol. Fiquemos por aqui: Ele é giro, e todo bom. Mas é hetero. Não há bela sem senão... Também seria areia demais para a minha camioneta.
Mas este Não foi o único episódio em que vi um rapaz giro. No intervalo anterior ao acontecimento dos caramelos, fiquei com um grupo da minha turma, abrigado da chuva. Por trás de uma colega minha, a Jú, que já mencionei antes aqui no blog, estava um rapaz meeeesmo giro, faz mesmo o meu estilo. Era da minha altura, com o cabelo curto, castanho-claro, olhos verdes, cara mesmo fofa. Opá, ele é giro, pronto. E fiquei a observá-lo, fingindo que estava a olhar para a minha colega. De repente, os nossos olhares cruzaram-se e eu desviei a cara, rapidamente, fingindo estar a olhar para a colega que estava ao meu lado a falar. Foi por um triz... mas a cara dele, fez-me lembrar alguém... E descobri com quem era parecido, com o Mitch Hewer, actor da série Skins, que, curiosamente, interpretava o papel de Maxxie, um adolescente gay.
Bom, hoje o dia esteve uma autentica porcaria, sempre chuvoso. Yep, eu odeio chuva. Mas ao menos deu para apreciar umas boas vistas.

Mitch Hewer


domingo, 27 de março de 2011

De Volta

Fiquei um fim-de-semana inteiro longe da internet. Foi uma tortura. Mas nem sempre... Faço um breve resumo do que se passou:

Sábado
Fomos logo de manhã à praça, comprar fruta. Depois disso, voltámos a casa. Durante a tarde fomos ao Vasco da Gama. E cruzei-me com um rapaz que tinha mesmo pinta de modelo!! Juro! AS roupas que levava acenavam-lhe tão bem. Era uma camisola sem mangas azul clara, depois, por cima, uma camisola com decote largo, azul-escura e um casaco por cima que lhe ficava... Aiiii! E tinha os olhos verdes, cabelos pretos. Era mesmo um bom pedaço. Passei pela Fnac e comprei o jogo Deadrising 2

Domingo
Não estive consciente até ao meio dia. A minha avó lá me tirou do meu sono prolongado e fui tomar duche. Comi e fui ler um pouco. Acabei por me decidir a escrever, e terminei a história aqui do blogue. [Depois vou postado]. Entretanto, por volta das três, o meu pai veio-nos buscar e fomos à festa de anos de um primo. Jogámos às escondidas até ás seis e meia e às sete já estava de novo em casa. Até às oito fiquei a jogar Deadrising 2. E depois vim para a net e descobri que um dos meus blogues preferidos já não existe... Mas pronto, são coisas que acontecem.

E agora resta dizer que estou de volta. x)

Cheers! : D

sexta-feira, 25 de março de 2011

O saco dos caramelos está quase a acabar. Tenho tentado controlar-me, mas não consigo... Antes perder o controlo com os caramelos do que noutras situações, como por exemplo hoje. Para mim, dias de Educação Física são sempre festa... Adolescentes nus no balneário, olhares discretos... De qualquer das formas, o dia de hoje não foi excepção... Nem todos os rapazes são ao estilo deus grego, nem é preciso ir mais longe do que olhar para mim para perceber isso, mas devo admitir que à um bom par de bonzões lá no sítio... -.- É como digo, pareço uma cadela com o cio...
Hoje, na aula de educação física estive a ajudar dois colegas meus (o tal rapaz de quem falei no post anterior, o Gui e o Tiago, o namorado da Jú) a fazer o salto ao eixo no boque em posição transversal. Tínhamos de saltar por cima daquilo ao comprido... Sou um dos únicos que consegue saltar assim.
A seguir vou ter teste de matemática e depois volto a casa para preparar as coisas que quero levar para o fim-de-semana que vou passar em casa dos avós. Terei de levar Os Maias para ver se avanço um pouco mais na leitura, até porque está a ficar interessante. Quase de certeza que enquanto lá estiver vou com a minha tia ao Centro Comercial Vasco da Gama, e sou capaz de levar o meu dinheiro. Tenho de comprar um casaco mais leve para os dias mais frescos da primavera e do verão, se calhar uma ou outra t-shirt/camisola... Inda não sei... Mas estou à espera que comecem a vender calções na Pull&Bear. Eu só tenho um par de calções que me serve :C
Por isso, este fim-de-semana provavelmente não vou poder ir ao blogue... MAs na segunda-feira cá voltarei. E hoje à tarde, como não tenho as duas últimas aulas e ainda venho a casa antes de seguir para Sacavém, sou capaz de postar um novo capítulo da história A Minha Melodia

quinta-feira, 24 de março de 2011

Oh Dear God...

Um toque. Nada de mais. Parecia-me ao início. Um sopro. Nada de mais, parecia-me ao início. Outro toque sem motivo, apenas pela diversão de me chamar a atenção. Eu sorrio-lhe, perguntando o que quer. Ele responde que não quer nada, ri-se. Volto a tomar atenção à aula. Um sopro agita-me os cabelos. É ele de novo. Reviro os olhos com aborrecimento falso e pergunto-lhe o quer agora. Ele volta a responder que não quer nada. Ele passa por trás de mim. Sinto a sua mão tocar-me levemente no ombro para eu me chegar à frente. Arrasto a cadeira, imaginando-o a caminhar. Entretanto, com a sua demora, volto a ir um pouco para trás. Ele retorna, e pede-me licença para voltar a passar para o seu lugar. Desta vez levanto-me, dando-lhe passagem. Sinto o seu corpo junto ao meu. Nada de mais...? E ele faz o que tantas vezes fez, pede-me ajuda. Eu explico, aproximando a minha cara um pouco mais da dele para conseguir ver o caderno a partir da sua perspectiva. Hesito um pouco, mas consigo explicar-lhe o exercício, com um sentimento gratificante de o ter ajudado. Nada de mais...? Na aula seguinte, um pequeno toque. Uma conversa às escondidas da professora. As nossas caras próximas, para não termos de falar demasiado alto. O meu coração perde o seu domínio. Pouco tempo depois, ele chama-me a atenção. Paro de fazer o exercício. Ele aproxima a cara da minha, inclinando-a um pouco para a esquerda, olhando-me nos olhos. Perco a minha pulsação. A vontade de o beijar impele-me um pouco para a frente. Mas resisto. Não posso fazer isso no meio da aula! Ele continua a fitar-me. Eu, já em pânico, pergunto-lhe o que se passa, sorrindo nervosamente. Ele continua a olhar. Apercebo-me que ele quer que eu olhe para algum lado. Um pouco para a esquerda? Eu viro-me nessa direcção. Ele queria chamar-me a atenção para a posição comprometedora em que a professora estava, mesmo ao meu lado. Rio-me da piada privada entre nós. E ele comenta: "Ahahah, já nem preciso de te dizer nada, parece telepatia". Eu fico com um sorriso amarelo. Se ele soubesse que eu desviara a cara não apenas por saber o que ele me queria dizer com os seus olhos castanhos, mas também para resistir à tentação, não diria aquilo. Penso no que me disseram. Que eu ainda ia acabar a sentir algo por ele. Penso no que respondi, que isso era impossível. Penso que aquilo era apenas da minha imaginação, porque até agora não tinha pensado nisso. Ele pega-me no pulso, para ver as horas pelo meu relógio. Ele começa a mexer, tentando ajeitar melhor o aparelho para conseguir ver as horas. Ele demora um pouco a contar os minutos... Tem um bocadinho de dificuldade em ler as horas em relógios analógicos porque está habituado aos digitais. Sorrio carinhosamente ao relembrar a sua pequena batalha contra os ponteiros sempre que tenta ver as horas a partir do meu pulso. O meu coração acelera. Finjo que estou a continuar a fazer o exercício, mas a minha mente enevoada gravita em direcção à imagem dele. A minha pulsação aumenta. Começo a sentir receio, a pensar «Oh deuses, ele tem o meu pulso na mão dele, vai sentir a pulsação mais rápida, vai perceber que algo não está bem...». Imagino-me a agitar a cabeça, para sacudir aqueles pensamentos. Não posso sentir isso... Deve ser só imaginação... Mas quando o outro me segurou o braço, eu não senti nada. Quando ele me segura o pulso, consigo sentir os seus dedos cuidadosos tocar cada ponto da minha pele. Não... Não posso. Tenho de esquecer o que se passou... Afinal, não foi nada de mais...?

terça-feira, 22 de março de 2011

Falling in...

Foi repentino. Eu já esperava este momento. Após os momentos de inspiração, acontece isto. Comecei a aperceber-me quando olhava para uma folha em branco e não conseguia desenhar nada. Nem mesmo rabiscos. Eu queria desenhar, mas não tinha nada cá dentro para passar para o papel. Decidi desistir e afogar-me em caramelos. E os caramelos são bons. Por momentos, pensei que fosse conseguir. Mas não. É como uma bomba com um rastilho. Uma pequena faísca e boom! A pequena faísca? Traído pela minha banda preferida. Comecei a ouvir a Lithium, dos Evanescence. AS recordações passaram-me aceleradas pela cabeça. A música fala da tristeza que não conseguimos largar, que tentamos fazer com que não nos consuma. Na música, finalmente, ela canta que se deixou levar e que se libertou. Mas eu senti um peso cair-me em cima. Um peso esmagador. Como se as informações recolhidas e vividas ao longo destas semanas me tivessem caído nos ombros todas ao mesmo tempo. Senti-me em baixo, vazio, sozinho, perdido, abandonado. Toda uma panóplia de sentimentos melancólicos e menos bons. Sobra ainda um pouco de espaço para a esperança de melhorar. Sinto que já gastei todos os risos que conseguia dar.

Os Efeitos Secundários da Queda

Quando caí, ontem, disse que não me tinha aleijado... Comecei a sentir hoje os efeitos da queda. Tenho o ombro, as pernas e o pescoço todos doridos... E ainda por cima comecei as aulas, às oito da manhã, com Educação Física... Depois de termos feito a milha, jogado voleibol, e feito alguns percursos de estafetas estou... bem, estafado.
Daqui a um bocado tenho de voltar para a escola, para uma agradável aula de matemática. Estou tão farto das aulas... Não sei porquê mas perdi o interesse. Talvez porque é sempre mais do mesmo... Claro, dá para ter uns momentos animados com a turma, como sempre. Mas fica sempre aquele gosto a repetição... Acho que é por sentir a falta de algo. Uma relação que me alegre os dias? Mas depois tenho aqueles meus receios de não estar à altura de uma relação... Além do mais, não estou interessado em ninguém, de momento nem há ninguém interessado em mim, pelo que eu sei.
Ontem, um amigo meu (chamemos-lhe Miguel), começou a falar comigo, a dizer que havia um outro rapaz que o tinha pedido em namoro. A conversa foi avançando e às tantas, ele comentou que me tinha visto, já várias vezes com o Gui, o colega que se senta ao meu lado, já desde o ano passado.O Gui é um rapaz de estatura média-baixa, cabelos pretos, olhos castanhos, pele bronzeada. Tem dezoito anos... Já não é rapaz nenhum, coitado, e estou sempre a relembrá-lo disso. De qualquer das formas, sempre nos demos bem. E o Miguel comentou que poderia acontecer alguma coisa entre mim e o Gui. Eu respondi logo que não, que raio de ideia era essa!? O Gui é hetero, isso nunca poderia acontecer. Essa é a principal razão. Se ele é hetero, não lhe faço olhinhos. Claro, temos as nossas brincadeiras, como todos os rapazes, de vez em quando ele dá-me pancadas leves no ombro para me chamar a atenção, no gozo, ou, para eu lhe dar umas respostas tortas fingidas, sopra-me para os cabelos ou abana-me a orelha. Lol. Mas isso não significa que possa acontecer alguma coisa entre nós para além de amizade, a verdade é essa. Mas o Miguel começou a dizer que já tinha visto coisas mais estranhas, e que até há bem pouco tempo eu também dizia ser heterossexual... Enfim, um monte de argumentos inválidos, na minha opinião. Mas isso, claro está, não me passou assim á frente e fez-me pensar no tal. No Rapaz perfeito. Cheguei a uma conclusão: O Tal não é um rapaz perfeito, é um ser imperfeito, cujos defeitos amamos como se fossem qualidades, e cujas qualidades nos tocam positivamente.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Adrenalina?! Não, obrigado, já tive a minha quota parte...

A semana começa-me bem... Explico porquê. Perto da minha escola, existe um Lidl, onde de vez em quando o pessoal vai comprar o lanche (sai mais barato do que no café, e os morenazos (bolachas tipo filipinos) são uma das perdições da turma, para além das Pringles. Adiante, eu e a Jú, a namorada do Tiago, fomos hoje ao Lidl. O problema? O caminho mais rápido, atravessa o troço de estrada onde termina a IC19. Via-rápida mais alunos a atravessar, não dá bom resultado. Ainda a semana passada lá foi atropelado um rapaz. Quando estávamos a voltar, atravessámos o primeiro sentido, onde os carros passavam por nós para entrar na IC19. Fácil. Chegámos finalmente ao sentido contrário. Ao fundo, vi um par de carros a passar, um em cada faixa, vindos da auto-estrada. Eu pensei "Mm... Dá tempo, vou atravessar". Mas a Jú ficou para trás, e eu hesitei. Quando dei um passo atrás, deu ela um à frente e, vendo que eu parara, também voltou atrás. Nessa altura, eu pensava que ela afinal ia e comecei a atravessar. Nisto, vi que os carros já estavam perto. Ia tentar pôr na boca o morenazo que tinha na mão, mas senti o meu pé a começar a escorregar. perdi o apoio e fiquei no ar, no que me pareceram horas. Pensei: "Lindo, já foste, Rag, tens o mesmo destino que o outro tipo. Assim que caíres, o carro passa-te por cima...". Larguei a bolacha, e tentei amparar a queda com uma mão, enquanto segurava o pacote com a outra. Nisto, a minha mão atingiu o chão e impulsionou-me, fazendo-me girar. O meu ombro tocou o chão, e depois as costas. Derrapei pelo resto da faixa, ficando sentado perto da borda do passeio. Ergui-me. A Jú vinha logo ao meu lado, com uma cara preocupada. Sentei-me na divisória entre o passeio e a estrada e olhei para ela. Neste momento, estava com uma expressão atónita, sem saber se se havia de rir, se ficar preocupada comigo. Eu reparei nisso, ri-me com a cara dela. "Estás bem?" Perguntou. "Sim... Respondi." E depois levantei-me, olhei para ela, com a maior das naturalidades e, como se nada tivesse ocorrido pergunto: "Vê lá se rasguei a camisa...". Que foi?! É a minha camisa preta preferida! Fica-me bem... E além disso, só tinha aquela camisa comigo, nõ podia mudar de roupa se estivesse rasgada. Loool. Quando lhe fiz essa pergunta ela desprendeu-se a rir, dizendo que não, mas que estava todo sujo. ela sacudiu-me o pó da camisa e perguntou novamente se eu estava bem. "Eu não acredito" - Queixou-se ela. "Parece tirado de um filme, tu acabas de cair no meio da estrada e a primeira coisa que perguntas é se a tua roupa não está estragada!"  Verifiquei se tinha alguma lesão. Já fiz um balanço das lesões com que fiquei: um arranhão com menos de um centímetro de comprimento no fundo das costas. Sou um tipo sortudo. Se eu não tivesse derrapado ao longo do bocado de estrada que me faltava para chegar ao outro lado, o carro passava-me por cima, de certeza. E ainda tive a sorte de fazer uma dessas proezas sem ficar gravemente ferido. Apenas houve uma baixa, no meio disto tudo: o Morenazo que larguei ainda está no meio da estrada... xD. Mas ainda bem que não rasguei a camisa... Dessa forma teria de explicar à minha mãe o que aconteceu... Ela é que não ia ficar muito contente. Uma coisa é certa, a piada do resto da tarde foi eu a olhar para a Jú e a perguntar "Tenho a camisa rasgada?" E rimo-nos em conjunto, sem que os da turma percebessem porquê, até eu lhes contar durante o intervalo o que se tinha passado nessa fatídica ida ao Lidl... xD

sábado, 19 de março de 2011

Aparte - nova história

Já estou a preparar uma nova história. Desta vez o ambiente não vão ser as praias Californianas, mas sim um solo bem português. Em vez da praia, desta vez, tenho a música como pano de fundo da próxima história.

Fiquem atentos :P

Cheers! :D

Dia do Pai

Estou todo partido. Acordei de manhã cheio de dores nos músculos... Deve ter sido da aula de educação física...mal consigo dobrar os braços sem sentir como se me tivessem dado um soco em cheio no músculo x(

Hoje é dia do pai e provavelmente vou jantar a casa dos meus avós, como costumamos fazer. A minha mãe, como todos os anos, quer oferecer qualquer coisa ao meu pai. Cá em casa há sempre três dias em que os meus pais dão prendas um ao outro, para além do natal e dos aniversários: No dia do pai, no dia da Mãe, e no Dia dos Namorados. Pena que o dia da Criança já deixou de significar prendas para mim... :'C Lol.

Sinto que o dia de hoje vai ser pouco acelerado... Provavelmente vou passar a maioria do tempo a jogar ou a ler os Maias. Na última aula de português a stôra começou a fazer perguntas sobre o livro e a turma estava toda a "apanhar do ar"... Acho que ainda ninguém leu, por isso não percebemos bem o que a stôra estava para ali a palrar... Fiquei a saber que o Afonso era o pai do Pedro, que era o pai do Carlos, que era médico. O Pedro suicidou-se e o Carlos tinha um amigo, o Eusébio, que era uma cópia do Pedro e que também tinha umas tendências suicidas. Fiquei ainda a saber que a mãe do Pedro era uma senhora muito dada a aparências e queria que todos pensassem que a sua família era perfeita e por isso é que o Pedro se suicidou. Já é um bom começo...

Bom, acho que vou agora pegar no livro... Tenho de começar a lê-lo, não é?... Mas isso é algo que já não faço há imenso tempo: ir para o meu cantinho do quarto, junto ao roupeiro, por umas quantas almofadas no chão e encostadas à parede, sentar-me e passar uma tarde assim a ler... Vai ser nostálgico e divertido, tenho a certeza :)

Cheers! : D

sexta-feira, 18 de março de 2011

Post onde apanho um susto e me torno um ser maligno

Passo a explicar. Hoje não ganhei para o susto porque quase fui assaltado. Eu estava a andar na rua e dois rapazes de etnia africana (desculpem, mas eu tenho amigos que têm o tom de pele mais escuro e não me sinto bem a tratá-los por "pretos" -.-) dirigiram-se a mim. Um deles perguntou-se se eu tinha moedas. Eu, calmamente por fora, todo acelerado por dentro, respondi que não tinha moedas nenhumas [tinha 3€ na carteira, mas obviamente eles não precisavam de saber isso...]. ele continuou a insistir. Eu tentei continuar a andar, mas ele puxou-me pela mala, dizendo "Calma aí, hey, 'tou a falar contigo." Perguntou-me de novo se eu tinha moedas, e eu respondi que não. Finalmente ele largou-me, mas o outro continuou a caminhar ao meu lado, a perguntar se eu tinha moedas. "Não" -respondi eu, novamente - "não tenho moedas nenhumas". Ele olhou em volta, o que me fez ficar ainda mais assustado, com medo que ele estivesse a preparar-se para sacar de uma faca. Ele olha para mim e diz: "Então gira aí o móvel..." [tradução do calão: Então dá cá o telemóvel (xD)]. Eu calei-me e continuei a andar. Eles ficaram-se. Soube depois que o colega que se senta ao meu lado nas aulas e com quem eu tinha estado segundos antes de os dois rapazes me interpelarem observou a cena toda à distância, avaliando se era necessário intervir ou não. Por sorte não foi.

Agora, explico porque é que me torno num ser malicioso... Muitos de vocês podem dizer: "que mau" ou "Yhec!!"... Mas há algo que eu sempre sonhei fazer, desde que me ofereceram um pequeno set de material de laboratório pelos anos (microscópio, tesoura, bisturi): Dissecar um bicho. Mórbido hun? A melhor parte é que o meu pai conhece esse meu gosto pelas ciências. E hoje apanhou um gafanhoto (diga-se de passagem, que é gigantesco... tem quase o tamanho do meu polegar) e meteu-o num recipiente de plástico... Acho que o vou alimentar por uns dias, mas parece-me ser um adulto já com alguma idade... Quando o meu pai o apanhou já lhe faltava uma antena. Quando ele falecer, vou dissecá-lo. É sádico, mórbido, nojento, rude... E divertidíssimo, já para não falar em educativo. 

Para os mais defensores da natureza, que acham que o que estou a fazer é anti-natural... Pensei que os gafanhotos rapidamente se tornam em pragas por alguma razão é: reproduzem-se muito facilmente. E pelo tamanho, este já teve muitas hipóteses de se reproduzir, por isso, já fez a sua cota-parte no seu ecossistema. Seria morrer nas garras de um pássaro ou às minhas mãos... O pássaro que se contente com sementes, que eu estou prestes a realizar um sonho. Lol.

O gafanhoto é muito idêntico a este.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Dia de Cão

Não me perguntei porquê, mas hoje andei o dia inteiro de mau humor... Acho que estou num daqueles dias. Para melhorar a situação, o meu computador não estava a querer ligar a placa de rede da internet. Quando finalmente a consegui ligar, o browser não funcionava -.- Só me apetecia partir este fóssil...
Tive teste intermédio de Biologia hoje de manhã. Eu estava um pouco preocupado mas era facílimo. Ao menos isso correu-me bem...
Mas a minha salvação foi sem dúvida o J.T. Ele pôs-me a ver vídeos para rir no youtube. Já estou um pouco melhor, após algumas gargalhadas bem dadas.
Agora, é ver como corre o resto da noite. Mas sinto-me desmotivado, só de pensar que tenho de entrar amanhã às oito da manhã...
Anyway... Estou a começar a trabalhar numa nova história. Não será tão grande como a minha última, mas vou ver o que se pode fazer.
Gostava de ter isto...

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um dos primeiros textos que escrevi em inglês...

A shadow was cast by the thick fog. It was no ordinary fog. It was a black cloud that made it impossible to see further than a couple inches in front of me.  Though I couldn’t see her, I could smell her. She smelled like all of the people that were gone, all the ones who had let me down. And I could feel her. Oh, yes, I could feel her like if I saw her. She was just standing there, next to me, whispering to my ear sweet and captivating words, with a chilling, cold and deep voice. Her voice was like a winter breeze. Slow, silent, and freezing. Now I see her. She beckons me, seducing me into going with her. I think about all the thing I would left behind. I would left nothing, since She has already stolen me everything I stood for – my love, my friends, my family. And now, She came back to claim my life… What life? I’m only a shallow skin, for my soul has long departed with her. But only my soul wasn’t enough, and my body would have to belong to her as well. Her black mantle flows with the wind. Her voice starts sounding more unnerved and anxious. She knows that I am almost giving in to its chanting, but She feels frustrated that I don’t give myself to her. My body is weak and I can longer fight the temptation. She whispers me again, demanding that I say the words to make me belong to her. And I say, weakly and lowly: Oh, Death who wants me, come and get my soul, or at least what’s left of it. Her fiery-red eyes locked into mine. She laughed uncontrollably, savoring her victory. She is used to wining, I can tell that, but Death never gets tired of it.

Sonhos e Pesadelos

Odeio quando reflicto demasiado. A última coisa que me tem enchido a cabeça é imaginar como seria se tivesse um namorado. Bah! E parece que 'tou com o cio, até já olho para os meus colegas de turma de forma diferente. Sim, sempre olhei, de vez em quando, mas não tanto como ultimamente. Ainda sou apanhado e depois tenho de prestar declarações. Bom, não vou gritar aos sete ventos que sou gay, mas se as pessoas perguntarem, respondo honestamente. Acho eu... Nunca ninguém me fez essa pergunta, por isso, olha... Isto tem de ser aos poucos... De uma vez só não é saudável.
E depois ponho-me a pensar o que as pessoas achariam de mim se soubessem acerca da minha orientação sexual... quantas vezes não oiço na rua comentários insultuosos sobre gays que me fazem estremecer de raiva e de medo. Raiva, por me sentir insultado, medo, por pensar que aquele comentário poderia ser dirigido a mim. Já é difícil ser-se adolescente, tinha de me calhar este fardo também...
Agora estou a escrever e sinto-me vazio. Nem bem, nem mal. Não sinto. Acho que é isso. e deve ter sido por causa do sonho que tive, que me surpreendeu...
Ok, sonhei que tinha ido a uma piscina, perto da praia. E fui aprender surf. No final, podemos ir dar um mergulho. Eu atirei-me para a piscina, e olhei para o lado. No momento em que toquei a água, todas as pessoas que estavam lá comigo estavam longe do sítio onde eu tinha mergulhado e de costas para mim. De repente, senti-me a ser puxado. Fiquei preso ao fundo da piscina, pela força da água que era sugada para o filtro por baixo de mim. e depois pensei: Oh, ninguém me viu mergulhar, ninguém sabe onde estou... Eu sozinho não consigo sair daqui, vou-me afogar antes de conseguirem chegar a mim... Oh, se assim é, mais vale desistir agora. E respirei fundo. Acordei sobressaltado. E fiquei aparvalhado com o que eu tinha pensado no sonho. Será que eu era capaz de desvalorizar assim a minha vida, desistir apenas porque há hipóteses de não me conseguirem ajudar a tempo? Acho que não, que não seria capaz de desistir. Espero que não seja capaz de desistir...

terça-feira, 15 de março de 2011

O dia de hoje foi normal... Estive sempre à espera que as aulas terminassem... Tive a apresentação de inglês de manhã, que não me correu tão bem como a última, mas deve dar para a positiva. Acabei a tarde em grande, com o trabalho de filosofia. Tive, digamos uma óptima nota. Ok, a melhor nota possível. Anyway, como não quero estar a perecer alguém que adora gabar-se, vou mudar de assunto. Já estou farto das aulas. A minha mãe ficou a olhar para mim com cara de parva quando lhe fiz esse comentário. "Não acredito" - Dizia ela - "Um rapazinho que sempre disse adorar as aulas e que ficava com saudades da escola durante as férias está a dizer que está farto das aulas?!" Pois, mamã, odeio dizê-lo, mas já não sou um rapazinho... Pelo menos não o mesmo rapazinho. Já houve mudanças. Gigantescas mudanças que desconheces. Ontem tive oportunidade de usar a minha câmara de filmar para captar as pessoas a cantar os parabéns à minha mãe e o momento de abertura das prendas. Um raro rasgo de criatividade. Eu sou mais um tipo de imagens paradas, apesar de sempre ter amado os filmes. Quem sabe, se usar um pouco mais a câmara ainda lhe ganhe o gosto, porque o bichinho já cá anda...
Estou a trabalhar em novos textos, mas a escola não me deixa muito tempo para pensar nisso. Principalmente com o Intermédio de Biologia aí à porta... Estou mesmo a ver como me safo naquilo... Argh!! Em que estava eu a pensar para me enfiar nesta toca de lobos?
Ultimamente tenho ouvido alguma música, principalmente a For Your Enterteinment, do Adam Lambert, a Live Like We Are Dying, Can't Stay Away, Allright do Kris Allen, a cover da música Heartless (do Kayne West) interpretada pelo Kriss Allen, e a First Time e a Falling In dos Lifehouse.
No entanto, sinto-me um pouco perdido... Quando dou por mim, estou completamente a leste do que se passa à minha volta, como se não houvesse nada neste mundo a prender a minha atenção. Já aconteceu terem de me chamar mais de uma vez para eu responder e a pessoa que me queria falar estava mesmo ao meu lado... Já não é a primeira vez que me sinto assim, para dizer a verdade. Isto deve passar daqui a uns dias. Espero estar melhor até à visita de estudo de Biologia... Mas só me apetece isolar-me de tudo e sentar-me em frente ao computador... Que treta de personalidade/mentalidade fui eu arranjar...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Voiceovers brilhantes!

Eu adoro este video, chamem-me o que quiserem, mas rio-me sempre que vejo... night time... Day time... Night time... day time hahahaha


Os anos da mãe

Há muito que não via a casa tão empacotada... É crianças pequenas e adultos conversadores. Devo dizer que me estou a arriscar um pouco a ser descoberto. But the thrill of getting caught is the funny part... Desculpem... Estive a preparar a minha apresentação oral de Inglês. Estava convencido que era de amanhã a oito dias. Afinal é mesmo amanhã... Entrei em pânico, mas lá me consegui desenvencilhar, como sempre...
Ainda não fomos cantar os parabéns, por isso devem estar mesmo, mesmo a chamar-me para ir. Vai ser a brincadeira de sempre do meu pai, atrasar-se uns versos para baralhar toda a gente... Lol. Acho que há uns quantos aniversários na família que não acertamos nunca a letra por causa da partida dele. Já cegou uma altura em que cantem: "parabéns a você... Ehhhhhhh!!!" Porque o meu pai estava  cantar o início, e as pessoas já estavam no fim. O pior é que a voz grave e potente dele se faz ouvir melhor ou tão bem como o coro de pessoas a cantar...
Tenho andado cansado. Sinto-me exausto. Não sei porquê. Devo estar a fica velho... Só sei que me começo a sentir desmotivado das aulas... Outra vez... Logo agora que as notas estavam a aumentar. Quer dizer, eu até me sinto motivado, excepto a matemática e a química, que me entornam o caldo...
Apesar de tudo, ri-me bastante. Passei o da com a Jú. Comemos um bolo cujo nome não me recordo. Sei que era tipo massa folhada recheada com manteiga branca. Sim, manteiga branca. Tinha a textura de manteiga misturada com açúcar e era doce. Sim, parecia-se com o que estás a pensar. E eu a comer aquilo que nem um perdido. Ela comentou: "bem, até rapas o prato!". Mas aquilo era bom, que querem?! xD
Claro, em Biologia foi uma perdição, principalmente quando o stôr falou em "mineral duro" e a Jú olhou para mim com um sorriso pervertido de todo o tamanho. Pior, pior, foi quando o stôr falou no quartzo leitoso. Sim. Quartzo leitoso, mas essa não foi a melhor, a melhor fui eu no intervalo a comentar o nome do mineral, mas enganei-me e disse "quarto leitoso". A Jú ficou a olhar para mim a dizer: "quarto leitoso? O que tu queres sei eu!". Foi um dia pervertido, pode-se dizer que sim.
Tenho tido vontade de escrever e, ao mesmo tempo, nem por isso. Eu explico. Estou com ideias, e com inspiração, mas não tenho vontade de as escrever. É como quando estás naqueles dias em que tens fome, mas não te apetece comer nada do que tens em casa. [Também já me aconteceu não ter fome e apetecer-me comer, mas isso é outra história]
Assim que consegui um pouco de descanso, a minha mente começou a divagar. Comecei a imaginar como seria se os meus pais soubessem que eu sou gay. Se eu tivesse um namorado (o que parece ser difícil, já que não há nenhum gay interessante nas redondezas...), o que faria nos tempos livres com ele...
Oh, acho que vamos cantar agora os parabéns... Depois conto melhor o que imaginei.

Cheer! : D

Sou uma dona de casa desesperada...

Hoje de manhã acordei-me um pouco mais cedo do que o costume e pus-me a arrumar e limpar o quarto. Bom, arrumei primeiro... Já não faço as limpezas à tanto tempo que já nem sei onde a minha mãe guarda a vassoura (eu sou terrível...). Mas pronto, eu até sou (mais ou menos) arrumadinho e só demorei meia hora a por as coisas no seu devido lugar. Depois varri o chão (sim, lá encontrei a vassoura, estava na despensa...) e fiz a cama. Digo que sou uma dona de casa desesperada porque não aprecio muito arrumar o quarto. Às vezes até me dá a vontade, mas hoje não foi um dia desses. Quando arrumo o quarto sem vontade, costumo poro mp4 ligado às colunas e vou ouvindo. Mas hoje ainda era muito cedo (como quem diz, eram já oito...) e não quis acordar os vizinhos, por isso acabei por não por música. Os meus pensamentos começaram a divagar. Comecei a imaginar que eu estaria a fazer a cama e o meu namorado imaginário (epá, um tipo ás vezes tem de puxar pela imaginação quando não tem, não é?!) entrou no quarto, de mansinho, pondo-me os braços à volta da cintura e dando-me um beijo no pescoço. Deu-me os bons dias e perguntou-me se eu queria ajuda. Bom... Por mais perfeitos que os namorados imaginários tenham, não são verdadeiros, por isso, foram boas intenções, mas não deu com nada... Não pensei que sou maluco que ando pela casa como se estivesse um rapaz (todo bom, se me é permitido dizer...) a passear-se pela casa e aos beijos comigo e tal. É só que ás vezes ponho-me a imaginar como seria se essa pessoa existisse, sabem? Aposto que muitos de vocês já o fizeram, mesmo que involuntariamente e por pouco tempo...
Passando à frente, depois de já melhorada a febre com delírios, fui comer, vestir-me e lavar o os dentes...Até tive tempo de me aleijar a matar uma traça -.- Digamos que subir para cima do bidé para chegar lá ao tecto nunca foi uma boa ideia... Mas enfim, eu estou sempre a ter más ideias...
Agora ponho-me a olhar para o quarto... Que farei quando a família estiver toda aqui presente para o aniversário da minha mãe, hoje à noite? Provavelmente vou tomar conta dos primos e da prima... E conversar com a minha avó. eu sempre gostei de falar com ela. Gosto de ouvir as histórias do passado que ela conta, as coisas que ela ensina, as artimanhas práticas de aproveitar tudo o que está à mão para fazer algo de útil e agradável. A minha tia também é assim... Sai à mãe. E depois o meu pai e o meu tio, quando se juntam, dá sempre brincadeira. Elas há anos que batalham para saberem qual deles faz a melhor caipirinha... Já provei a do meu pai e não gostei. Provei a do meu tio... até se bebe. Ok, eu não sou muito apreciador de bebidas alcoólicas (leia-se oideio bebidas alcoólicas), mas a caipirinha do meu tia é agradável. Por isso, se até alguém pouco apreciador como eu gosta... desculpa papá, podias até pensar que tinhas a paternidade do teu lado, mas esta vez o aroma ganhou a ronda...
O meu almoço vai ser salada de tomate-cereja (aqueles pequeninos, redondinhos... Oh, meu Deus, porque é que isto não me soa nada bem?...), queijo-fresco, ovo, fiambre, atum e orégãos *.* Um dos meus pratos preferidos, se querem que vos diga. Não é que eu esteja em dieta, até porque eu não preciso de dieta, mas estou com vontade de comer isso (:
Pois... Mas até há hora de almoço, ainda falta. E para quem se levanta às oito e entra à uma e meia... Bah, momentos de seca. Ou não... Lá devo arranjar qualquer coisa para fazer, que mais não seja ler. Por falar em ler :O Esqueci-me de começar a ler Os Maias... Bloody hell... Sou capaz de fazer isso... Ou de fazer o tal trabalho de filosofia que tenho para fazer desde quarta-feira anterior a esta última...
Bom fico-me por aqui, por enquanto.

Cheers!! : D

domingo, 13 de março de 2011

kids, kids, kids, I want kiiids....

Hoje fui almoçar fora a casa de uns amigos da família. Sim, os mesmos que têm o bebé. Mas desta vez foi muito mais gente. E um bebé (que está enorme, em comparação com a última vez que o vi). Ele era mesmo... De derreter qualquer coração. O sorriso dele era lindoooo... E aqueles olhos castanhos enormes e curiosos... Só de pensar já quero ter um filho. E foi tão engraçado vê-lo a brincar com a caixa dos toalhetes e a tentar abri-la. É esperto, o garoto...

Passei a tarde a fazer babysitting... tomei conta de um rapaz e uma rapariga de cinco e outro rapaz de sete. Os rapazes são mais calminhos que a rapariga. Ela parecia um boneco a pilhas... Eléctrica e não se cansava. Mas foi uma tarde bem passada, devo dizer. Ficámos a desenhar, a ver desenhos-animados (eu fui apanhado em flagrante, porque a rapariga já se tinha ido embora e os rapazes estavam a jogar no computador e eu ainda estava a ver o canal-panda quando o pai deles entrou na sala... xD). Agora estou para aqui a pensar o que farei com o resto de fim-de-semana que tenho pela frente. Já me ocorreu jogar... Mas isso para mim é já uma tarefa tão insossa... Sim... Tenho de começar a ler Os Maias... Mas essa é uma história que fia para outro dia... Acho que vou fazer isso quando me deitar. Para mim, ler antes de adormecer é como darem um doce a um bebé... E já há muito tempo que não me dou a esse meu pequeno prazer da vida, por isso, tenho a desculpa perfeita para o fazer. Acho que vou navegar pela internet, ver que filmes já sairam... Estou ansioso pelo Red Riding Hood, uma visão moderna e ligeiramente diferente de um conto tradicional: o Capuchinho Vermelho, e também por ver o I Am Number Four - tem a Dianna Agron, a actriz que faz de Quin, na série Glee. Gostava também de ver o Black Swan e o Rango. Mas há já tanto tempo que não vou ao cinema... Esse é outro prazer da vida a que não tenho atribuído muito tempo...

Bom, por aqui fico. Mas entretanto, devo postar mais qualquer coisa.


Cheers! : D

sábado, 12 de março de 2011

"Escrita Compulsiva" é a minha enfermidade

Ideias, ideias, ideias, ideias. Tantas que me passam agora pela cabeça. Dramas, romances, acção... Tanta coisa que não sei por onde escolher. Escrevo incessantemente, sobre tudo e sobre nada. Penso e repenso, rabisco, modifico, crio, destruo, desenho, apago, paro, recomeço, rápido, lento, ferozmente com as ideias que me queimam cá dentro. Os sentimentos todos cá para fora - tristeza, agonia, mágoa, frustração, rejeição, abandono, alegria, felicidade, confusão, curiosidade, ironia, embaraço, ansiedade, desespero, esperança, medo, receio, espanto, surpresa, indignação, atracção, raiva, ira, patriotismo, desconfiança, secretismo. Passei a tarde inteira a escrever. A escrever à mão e no computador, quando me começou a doer até o braço de tanto escrever. Chega a altura em que já nem sinto a dor. A exaustão começa a instalar-se e quando dou por ela, criei mundos, vidas, amizades, amores, ódios, segredos, artimanhas, planos, vinganças, conquistas e reconquistas, fugas. Mas a descontinuidade de cada uma impede-as de se articularem numa só história. São várias histórias, num mundo por mim criado.

Já há muito tempo não me sentia assim. Mas não é bom sinal. Pelo menos já não. Depois disto, vem o sentimento de exaustão, esgotamento e cansaço... Não quero isso. Sinto-me vazio depois disso. Como se o meu mundo tivesse ido para outro lugar, como se tivesse saído de dentro de mim para o papel. Mas onde há criação e destruição, também há renovamento e recriação. Um novo mundo se vai formar na minha mente, apenas para sofrer o mesmo destino inevitável do mundo que o antecedeu.

Será que é por estar sempre preso aos mundo que não consigo ter a vida que gostaria de ter? Espero que não, porque estes mundos estarão sempre aqui presentes.

I Dreamed a Dream in Time Went By

Acho que o título do post, apesar de ser a citação de parte de uma das músicas do musical Lés Miserábles, aplica-se. I dreamed a dream in time went by... Sonhei um sonho em tempos idos... Sonhei que as coisas não tinham mudado, sonhei que tudo estava como antes. Eu sentia que estava tudo diferente. Mas há coisas que cá continuam, sempre. Pequenas coisas, que acabam por fazer o meu dia. Sonhei que estava de olhos fechados e tinha de descobrir onde estava. Senti a frescura da areia da praia granulada nos meus pés descalços, ouvi as ondas do mar galgarem a margem graciosamente. Senti o cheiro salgado do mar. Comecei a imaginar o cenário à minha volta. Mas depois mudou. Os pés continuavam descalços e sentiam a frescura, mas desta vez das folhas de relva que cobriam o solo húmido. O cheiro do campo molhado após uma chuvada invadiu-me o nariz, e a minha mão passou pelo tronco rugoso e áspero de uma árvore. Sentia a sombra que a árvore fazia sobre mim, os raios de sol a serem filtrados e divididos pelas folhas, fazendo círculos imperfeitos mas belos no chão verdejante. Quando comecei a ver a imagem do local onde estava, voltou tudo a ficar negro, e soube que estava noutro sítio. Continuava descalço e sentia um chão um pouco áspero. Cascalho. Ouvi alguém correr ao meu lado. Sentia o cheiro subtil das pedrinhas e do metal do baloiço. Ouvi um comboio. Sabia onde estava: o pequeno parque infantil em frente à estação, perto da casa dos meus avós. Assim que comecei a imaginar o escorrega, o baloiço e o balancé, voltou tudo a ficar negro. Desta vez ouvia o rio. Os meus pés sentiam a madeira de um cais. A minha mão estendeu-se para o lado e pude aperceber-me que ao meu lado havia plantas do género de canas. Sim, sabia exactamente onde estava. tinha tirado algumas fotos com a Bia e o J.T. ali, ainda pouco tempo antes. Estava no Parque das Nações. Assim que comecei a vislumbrar o Tejo lá ao fundo, voltou tudo a ficar negro. Agora não sentia nada. Apenas um calor atraente, aconchegante. Espera. Oiço algo. Um coração a bater. Deve ser o meu. Sim, é o meu. Não. Oiço algo mais. Um frágil eco desse coração. Um pequeno coração mais fraco, mas já cheio de vida, batia compassadamente com o outro coração. Era o coração de um bebé que batia com o meu? Mexi-me. O ambiente à minha volta era pesado, como se estivesse debaixo de água. A minha visão era turva. Atrás de mim estava escuro. No entanto, conseguia ver uma luz faca, avermelhada à minha frente... Parecia... Parecia que a luz estava a atravessar uma barreira de pele. Olhei para o meu peito magro. Uma pequena luzinha branca trémula piscava ao ritmo do coração mais pequeno. Percebi onde estava. O coração que batia forte não era o meu, mas o da minha mãe. Eu era o bebé dono do coração mais fraco. Estava no útero, ainda por nascer. Ouvi as vozes abafadas dos meus pais. Alguém encostou a cabeça à barriga da minha mãe, para me ouvir. Tentei alcançá-la, mas tudo voltou a ficar negro. Continuava a ouvir um coração. A respiração. Sim, agora estava a ouvir o meu próprio corpo. Oiço uma voz, que nunca antes tinha ouvido, dizer que me ama. Abro os olhos para tentar ver quem foi. Quando o faço, acordo do sonho. O coração continua a bater A respiração continua igual. O tecto branco continua branco. Os lençóis bege continuam da mesma cor. O edredão vermelho continua vermelho. A cama branca continua branca. Os cortinados brancos continuam brancos. O chão de madeira continua castanho-claro. Tudo está como antes. Eu sou a mesma pessoa. Apenas sei mais sobre mim do que sabia antes. Mas isso está diferente. O conhecimento tem preço. E o conhecimento muda a nossa forma de ver a vida. As grandes coisas, pelo menos. As pequenas coisas agradáveis da vida: a praia, o campo, o parque infantil, o Parque das Nações, o calor do útero, o abrigo do meu próprio corpo e da minha mente... O amor que alguém poderia sentir por mim. Tudo isso continua o mesmo.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Terramoto

Magnitude de 8.9. Tsunami logo a seguir. Não é brincadeira nenhuma...

Kris Allen - Lifetime

Eu amo esta música... Transmite uma mensagem importante. Muitos de nós olham e pensam: que erros disparatados cometi, gostaria de voltar atrás, como me arrependo de ter errado. Esta música diz-nos que faz parte da vida errarmos, e magoarmo-nos e não conseguirmos fazer algo bem à primeira tentativa: demora uma vida inteira a conseguirmos saber viver, O refrão é a minha parte preferida... Diz algo como:


Não se consegue viver à primeira tentativa
É preciso uma vida para o fazer bem
É preciso uma vida para aprender a cantar
Para encontrar o meu lugar na sinfonia do mundo
Para me tornar hoje o homem
O homem que pensei que poderia ser




I wake up, put my poker face on
It's roughly the same hand
I was dealt yesterday
I stand up and stare out at the skyline
It's roughly the same town
That I saw yesterday


Living doesn't come first try
It takes a lifetime getting it right
It takes a lifetime to learn how to sing
To find my place in the world's symphony
To become the man today
The man I thought I could be


It takes a lifetime
It takes a lifetime


I wake up and bandage these scars
The scars of my heart
That prove that I'm still alive
That I'm still alive
Living doesn't come first try
It takes a lifetime getting it right


Living doesn't come first try
It takes a lifetime getting it right
It takes a lifetime to learn how to sing
To find my place in the world's symphony
To become the man today
The man I thought I could be
The man I thought I could be


It takes a lifetime
It takes a lifetime

Mães de antigamente... (Um mail que me mandaram e que me fez chorar a rir... enquanto concordava com tudo xD)

Coisas que a nossas Mães diziam e faziam...
Uma forma que hoje é condenada pelos educadores e psicólogos, mas funcionou com as gerações anteriores.
Talvez se não tivessem mudado tanto, o nosso mundo estivesse melhor...(Até a tabuada foi abolida...)


A Minha Mãe ensinou-me a valorizar o sorriso...
'RESPONDE-ME OU LEVAS NOS DENTES!'

A Minha Mãe ensinou-me a rectidão.
'EU AJEITO-TE NEM QUE SEJA À BASE DE PORRADA!'

A Minha Mãe ensinou-me a dar valor ao trabalho dos outros...
'SE TU E O TEU IRMÃO QUEREM MATAR-SE, VÃO LÁ PARA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!'

A Minha Mãe ensinou-me Lógica e Hierarquia
'PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?'

A Minha Mãe ensinou-me o que é a motivação
'CONTINUA A CHORAR QUE EU VOU DAR-TE UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORAR!'

A Minha Mãe ensinou-me a contradição
'FECHA A BOCA E COME!'

A Minha Mãe ensinou-me sobre a antecipação
'ESPERA SÓ ATÉ O TEU PAI CHEGAR A CASA!'

A Minha Mãe ensinou-me sobre paciência
'ESPERA... QUANDO CHEGARMOS A CASA VAIS VER ...'

A Minha Mãe ensinou-me a enfrentar os desafios...
'OLHA PARA MIM! E RESPONDE QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!'

A Minha Mãe ensinou-me sobre raciocínio lógico
'SE CAIRES DESSA ÁRVORE VAIS PARTIR O PESCOÇO E EU AINDA TE DOU UMA SOVA POR CIMA!'

A Minha Mãe ensinou-me medicina
'DEIXA DE REVIRAR OS OLHOS MENINO! PODES APANHAR UMA CORRENTE DE AR QUE TE VAI DEIXAR VESGO PARA TODA A VIDA.'

A Minha Mãe ensinou-me sobre o reino animal
'SE NÃO COMERES ESSAS VERDURAS, OS BICHOS DA TUA BARRIGA VÃO COMER-TE A TI!'

A Minha Mãe ensinou-me genética
'ÉS IGUALZINHO AO TEU PAI!'

A Minha Mãe ensinou-me acerca das minhas raízes...
'ESTÁS A PENSAR QUE NASCESTE NUMA FAMÍLIA RICA É?'

A Minha Mãe ensinou- me sobre a sabedoria da idade
'QUANDO TIVERES A MINHA IDADE, VAIS ENTENDER E JÁ SERÁ TARDE DEMAIS.'

A Minha Mãe ensinou-me sobre justiça...
'UM DIA TERÁS FILHOS, E ELES VÃO FAZER CONTIGO O MESMO QUE TU FAZES COMIGO! VAIS VER O QUE É BOM!'

A Minha Mãe ensinou-me religião
'REZA PARA QUE ESSA MANCHA SAIA DO TAPETE!'

A Minha Mãe ensinou-me o beijo à esquimó
'SE VOLTAS A FAZER ISSO, ESFREGO O TEU NARIZ CONTRA A PAREDE!'

A Minha Mãe ensinou-me contorcionismo
'OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!'

A Minha Mãe ensinou-me determinação...
'VAIS FICAR AÍ SENTADo ATÉ COMERES O QUE TENS NO PRATO!'

A Minha Mãe ensinou-me habilidades de ventriloquismo
'NÃO RESMUNGUES! CALA-ME ESSA BOCA E DIZ-ME POR QUE É QUE FIZESTE ISSO?'

A Minha Mãe ensinou-me a ser objectivo...
'EU CORRIJO-TE DE UMA SÓ VEZ!

A Minha Mãe ensinou-me a escutar
'SE NÃO BAIXAS O VOLUME, EU VOU AÍ E PARTO ESSE RÁDIO!'

A Minha Mãe ensinou-me a ter gosto pelos estudos
'SE EU FOR AÍ E NÃO TIVERES TERMINADO OS TRABALHOS DE CASA, LEVAS 2 LAMBADAS!...'

A Minha Mãe ensinou-me a ter coordenação motora
'VAIS ARRUMAR TODOS OS BRINQUEDOS, UM POR UM!!'

A Minha Mãe ensinou-me os números
'VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER LEVAS NESSA CARA!

Estou "Gagado"... -.-

Hoje acordei a sentir-me um pouco pior do que esperava... Não mentalmente, mas fisicamente. Não dormi lá grande coisa e o resultado não foi muito bom. Acabei por faltar às aulas da manhã. Mas recuperei. No entanto as aulas foram tão frustrantes! Não fiz nada produtivo... noventa minutos no mesmo exercício em matemática e em química idem, idem, aspas, aspas. Acho que foi da inveja de ver os meus colegas que foram à aula de Surf de manhã serem dispensados das aulas da tarde...

Há uma coisa que me faz querer puxar os cabelos de raiva: o meu PC jurássico... Acordou com a mania que não queria reconhecer a placa de rede da internet. Nada que o meu pai não arranjasse, graças ao Olimpo...

Como podem perceber, o dia foi tipo... Monóóóótono... Ainda mandei umas piadas porcas com um amigo meu, o Dani, na aula de química. Olha, uma piada gira com a química (afinal aquilo sempre serve para algo engraçado): vira-se um tipo para uma rapariga e diz-lhe: tens um "cobre" jeitosinho, hun... [para quem não percebeu, o símbolo químico do cobre é "Cu"... xD]. E depois as minhas gafes são terríveis... Já não sei multiplicar quatro por dois [para mim dá dezasseis... Nem na China, mê filhoo... lol], e também já não sei dividir 0,1 por 1. Se a minha stôra de matemática soubesse já me tinha assassinado... Yap, provavelmente estripava-me e enforcava-me com as minhas próprias entranhas... [Lá estou eu a ser mórbido de novo... lol].

Lembrei-me de outra coisa que me faaz querer puxar os cabelos. Acordei com os primeiros versos da Telephone  da Gaga na cabeça. A música não tem nada a ver com nada na minha vida, mas pronto...

Hello, hello, baby you called I can't hear a think, I've got no service in the club, say, say...

Não tenho a certeza se a letra exacta é essa... Ando a ver demasiado Glee. Que querem? eu gostei da cena em que elas se põem a cantar a música na casa de banho e depois aparece a Sue e grita: "Shut Up!"... xD Priceless...

Incrível e i[Nê]sperada

Devem-se perguntar: "Mas o que é que este marmelo está a fazer a escrever no blog às duas e meia da matina?" Aconteceu algo que eu não consegui esperar para contar. Bom, hoje pus-me à conversa com uma amiga que conheci há coisa de um ano... Bom, o nome dela é Nê. Eu trato-a assim, pelo menos ;p Estávamos na conversa e acabei por me descuidar com o que disse, devido à conversa que estávamos a ter. Acabei por lhe dizer que havia algo a preocupar-me. Ela propôs então um jogo que já não fazíamos à muito tempo, para nos conhecermos melhor. Ela dizia uma coisa sobre ela algo que ela achava de mim e eu dizia outra coisa sobre mim ou que achava dela, em troca. Bom, até que acabei por lhe confessar a minha orientação sexual. Primeiro tive receio da sua reacção, medo que me rejeitasse... Mas, para minha surpresa, ela ficou entusiasmada. Tinha umas quantas perguntas para me fazer sobre o assunto. Eu, desde que a conheci, que senti que podia confiar nela. Parece que as expectativas estavam certas. Ela é simpática, afável, preocupada, sincera, modesta... Claro, também diz ser uma pessoa egoísta e egocêntrica... Aqui entre nós, é a modéstia dela a falar...

Bom, o que descobri é que tenho alguém com quem desabafar. Ela já se voluntariou para me ouvir quando eu precisar. Claro, é uma relação mútua, que eu também estou cá para a ouvir... Mas fez-me sentir bem, perder a noção do tempo. Estivemos desde as 22h até agora sempre a conversar... Também já lhe mostrei o Blogue. Não sei, senti que o poderia fazer. Sei que posso confiar nela. Claro, podem dizer "tem cuidado, não confies demasiado nas pessoas, podes desiludir-te". Sim, também pensei nisso, mas acho que a Nê não me vai desapontar.

E assim, deixo um Obrigado enorme e um beijo à Nê ;p

P.S. Uma músiquinha que ela me (re)mostrou, a propósito de uma conversa em que confessámos gostar do Sol...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Uma Crítica à Sociedade?

Estava a ouvir uma música dos Evanescence. Aconteceu algo que já não me acontecia há algum tempo. Ok, quando eu oiço músicas que se apliquem a certas situações da minha vida, sinto-a fluir pelo meu corpo, transmitir as minhas emoções. E há umas emoções que sinto mais frequentemente que outras. As mais frequentes são a tristeza, a alegria ou a sensação de arrepios por estar a ouvir uma música que se tornará provavelmente um hino. Mas há uma sensação que é raro eu sentir através da música, porque é raro eu ter esse sentimento na minha vida. É a raiva. Não vou mais longe, a música que ouvi é a Going Under. Senti a raiva, o abandono e a frustração transmitidos pela música fluir pelas minhas veias. É uma critica que faço à sociedade dos nossos dias:
Now I will tell you what I've done for you
50 thousand tears I've cried
Screaming deceiving and bleeding for you
And you still won't hear me
(I'm going under)
Don't want your hand this time I'll save myself
Maybe I'll wake up for once
Not tormented daily defeated by you
Just when I thought I'd reached the bottom
I'm dying again

(Agora dir-te-ei o que já fiz por ti
50 mil lágrimas eu chorei
Gritei, enganei e sangrei por ti
Mas continuas sem me ouvir
Estou a ir-me abaixo
Não quero a tua mão, desta vez eu salvo-me a mim mesmo
Talvez acorde de vez
Sem ser atormentado diariamente derrotado por ti
Mesmo quando pensei ter chegado ao fundo
Estou a morrer de novo)

I'm going under
Drowning in you
I'm falling forever
I've got to break through
I'm going under

(Estou a ir-me abaixo
Afogando-me em ti
Estou a cair para sempre
Tenho de me libertar
Estou a ir-me abaixo)

Blurring and stirring the truth and the lies
So I don't know what's real and what's not
Always confusing the thoughts in my head
So I can't trust myself anymore
I'm dying again
(Enevoando e distorcendo as verdades e as mentiras
De tal forma que já não sei o que é real e o que não é
Sempre a confundir os pensamentos na minha cabeça
De tal forma que já não confio mais em mim
Estou a morrer de novo)
[...]
So go on and scream
Scream at me I'm so far away
I won't be broken again
I've got to breathe I can't keep going under

(Então continua e grita
grita-me, estou tão longe
Não vou ficar despedaçado outra vez
Tenho de respirar não posso continuar a ir-me abaixo)

[A tradução da letra é uma tradução livre feita por mim. Quer isto dizer que as expressões que os ingleses usam não foram traduzidas à letra, mas sim interpretadas e repostas por expressões equivalentes que os portugueses usam. Mas se encontrarem algum erro, estejam à vontade para o apontar. Cheers :P]

Tive de partilhar isto, senão ainda acumulo maus sentimentos. Mas acho que se aplica à forma como me sinto em relação àqueles que me impedem de ser quem realmente sou, apesar de já ter feito muitas coisas por eles, pois acabam por ser as pessoas que me são mais próximas... Sei que o contexto em que a Amy Lee escreveu a música era completamente diferente do contexto em que a inseri, mas aplica-se, ou não?


Digam o que disserem, ela é linda e talentosa... <3 U Amy Lee *.* xD
Hoje ia caindo. Como já aconteceu. Perguntam-se o que estive a fazer para tal acontecer? Estava a imaginar-me a cantar em palco (não que eu tenha a voz, ou a coragem para tal, mas é bom ter uma imaginação fértil), enquanto acompanhava uma música. Penso que era a Live Like We're Dying, do Kris Allen, ou a For Your Entertainment do Adam Lambert... Admirei-me como os vizinhos não bateram na parede a dizerem para me calar. De qualquer das formas, no meio de tanta agitação, tentei fazer um salto e uma pirueta. Esqueci-me que o chão do quarto é de madeira e que só tinha as meias calçadas. Um salto e uma pirueta? Oh, não! Já sei qual era a música! Era a Welcome to The Black Parade, dos My Chemical Romance, na parte em que cantam: "And throug it all, the rise [salto] and [pirueta] fall [aterragem], the bodies in the street". Yap, eu ás vezes invento coreografias para as músicas que mais gosto...Eu não existo -.-' ... Continuando, meias + madeira = Ragdoll a escorregar. Segurei-me à secretária, ri-me e disse para mim mesmo: "Sim, Rag, num palco não terias uma secretária para te ajudar.... mmm... mas se calhar tinhas a sorte de ter um guitarrista giro... de olhos verdes, cabelos castanhos claros....". Sim... Nesta altura tive de abanar a cabeça para sacudir ideias pervertidas. Cruzes credo, estou mesmo desesperado... XD Mas hei, eu tenho boa imaginação... O guitarrista era giro, estou a falar a sério!

Acabei o dia com o teste de Matemática. Correu melhor que os outros todos... Mas ainda assim, não deve dar para muito. Argh, odeio matemática. Não, reformulação mais adequada à realidade: odeio não ser bom a matemática... Eu até acho a disciplina interessante, a sério.

Deixando assuntos mais alegres. Sinto-me em baixo. Eu sou deprimente, não sou? Lol. Não, não estou à beira de uma depressão mórbida que culmina numa tentativa falhada ou bem sucedida de suicídio... (Não liguem, eu sou um tipo um bocado mórbido). Estou simplesmente carente. Como todos os solteiros deste mundo fora. Estou carente.

Acho que me vou ficar por aqui, que este post está muito comprido. ;P

My Chemical Romance... Eu QUERO um fato igual ao do vocalista... É lindooo *.* (o fato... o vocalista podia ser um bocadinho melhor, isso é verdade... Gosto mais do Kris Allen e do David Archuleta ^^ Mas se preferirem que eu diga alguém com estilo mais punk, o Adam Lambert é giro :P)

Até dava um título... Mas falo sobre tanta coisa que deveria ser algo do género: um apanhado de tudo o que aconteceu nas férias...

As aulas recomeçam hoje. As férias de Carnaval pareceram-me curtas e longas, ao mesmo tempo. Como é que é possível? Bom, curtas, porque, agora que olho para trás, vi que foram apenas três dias, mas longas, porque não tinha grande coisa para fazer... Mas várias vezes olhei para o relógios e me surpreendi com as horas, por ser muito mais tarde do que imaginava... Devo admitir que não dei muito tempo à conversa com os amigos... Tenho estado mais concentrado aqui no blog e em aproveitar o tempo para jogar (Fable, principalmente...). Sei que isso não é bom, mas quis tirar umas pequenas férias do meu mundo, ou, pelo menos, de parte do meu mundo. Sinto-me sempre receoso por pensar "Oh, e se ele/a soubesse que eu sou gay...?", ou então "Se eles soubessem será que continuariam a falar comigo? Falariam mal de mim nas minhas costas?". Ok, eu vou ser sincero, nunca dei demasiada importância ao que os outros dizem, mas sempre lutei pela aprovação deles. Com limites. Não deixo de comer só porque dizem que sou gordo (e não sou, aliás, estou bem assim, acho eu, nem muito gordo, nem muito magro... podia era ser um bocadinho mais atlético... mas isso toda a gente quer...), nem fico deprimido só porque dizem que algo não me fica bem... Por exemplo, tenho uma amiga minha que não gosta da minha boina. E está sempre a dizer que não me fica bem e para tirar aquilo da cabeça. Mas hei, eu gosto. Além do mais, sinto-me um pouco menos vulnerável. É que com a boina posso esconder os olhos. Eu não gosto muito que as pessoas me olhem nos olhos, a não ser durante uma conversação ou algo do género. Principalmente porque eu acredito que os olhos são o espelho da alma e, quando eu quero perceber a reacção de alguém, a primeira parte da face para onde observo é, isso mesmo, os olhos. Não gosto que haja pessoas que sejam capazes de me ler assim, sem que eu o queira. Mas há gente capaz de o fazer e é dessas pessoas que mais tenho medo, porque são elas que me conhecem bem. Às vezes conhecem-me tão bem que até percebem que há algo a preocupar-me apenas pela forma como escrevo no msn ou nas sms. De qualquer das formas... Estive a pensar em arrumar o quarto durante as férias. Mas fui adiando. E ainda não o arrumei... Também pensei em fazer o trabalho de Filosofia... Mas é só para entregar na Terça. Por outras palavras, ainda não o fiz. Nop, acho que não fiz nada de produtivo. Oh, pus músicas novas no mp4... Serve? Não? ok... Queria mesmo adiantar a leitura do livro que estou de momento a ler, mas nem isso consegui fazer. Sinto que estou a perder as rédeas da minha vida... Tenho de as agarrar de novo, ou ainda acontece algum desastre inconveniente...

Um aparte... Tenho pensado. E uma amiga minha (que lá conseguiu arrancar-me dois dedos de conversa ontem...) disse que isso não me fazia bem. Eu fiquei parvo a olhar para a mensagem. (Ah, pois, ela é uma daquelas pessoas que sabe que há algo que me preocupa apenas olhando para a forma como escrevo. E apercebeu-se que há algo que me preocupa. Mas eu não quis contar-lhe... Já estive tentado a fazê-lo. Mas... Vou manter a história curta: ela é a minha ex. É uma razão para não lhe contar... por enquanto.). Perguntei-lhe porque é que ela achava que pensar me fazia mal. ela respondeu que eu pensava demais. E, ao pensar tanto nas coisas, só arranjava consequências para as minhas acções e acabava por não fazer nada com medo do que pudesse acontecer de seguida. Auch... O pior é que sei que ela tem razão. Mas ainda pior é que não consigo evitar pensar nas consequências. Não é a minha onda, atirar-me de cabeça. Quem o faz, acaba magoado. Pelo menos é o que vejo à minha volta. Quem se atira de cabeça, das duas uma, ou acaba magoado, ou magoa todos à sua volta de tal maneira que as coisas acabam por lhe cair em cima mais cedo ou mais tarde. Atirar-me de cabeça não é bem o meu estilo. Nunca sabemos o que encontraremos lá em baixo.

P.S. Hoje tenho teste de matemática. Vai sair a parte da trigonometria e das funções fraccionarias irracionais. Não tem nada que saber, é só quando temos uma incógnita num radical... Ok... esqueçam, sou mesmo nerd xD 

quarta-feira, 9 de março de 2011

Tempo

Tic. Tac. Tic. Tac. Tic. Tac.
O relógio marca as horas compassadamente, quebrando o pesado silêncio que se instala por momentos nas pequena divisão. As horas passam, como sempre passaram por aquelas paredes outrora brancas, mas que são agora amareladas. A atmosfera de melancolia e preguiça começa a pesar-lhe nas pálpebras. Mas não quer adormecer, não quer perder mais tempo do que já perdeu, ali sentado, a olhar para o pêndulo.
Esquerda. Direita. Esquerda. Direita. Esquerda. Direita.
O pêndulo agita-se lentamente de um lado para o outro, num movimento hipnotizante que o faz querer ainda mais fechar os olhos e adormecer. Mas o tempo perdido não é recuperável. Então porque continua ele ali, preso naquela sala, sem ninguém, a observar o tecido antigo e floreado da poltrona onde se senta? Porque continua assim a olhar quieto para o tempo passar. O tempo. Esse que passa sem nos aperceber-mos. Esse de quem nos arrependemos ter deixado passar.
Tic. Tac. Tic. Tac. Tic. Tac.
O relógio continua incessavelmente a marcar os segundos, os minutos, as horas. Os raios de sol começam a perder força, dando lugar a uma luz cada vez mais azulada da lua. O tempo continua a correr, fugindo do domínio das coisas vivas. E atrás do tempo, sempre ele corre, mais lento, mas corre. E observa de novo a mesa de madeira antiga e gasta, com um jarro com flores. Os seus olhos perscrutam o móvel antigo. Observa os copos que vê através dos vidros das portas do armário. O seu olhar pousa de novo no pêndulo.
Esquerda. Direita. Esquerda. Direita. Esquerda. Direita.
Ele deseja que o tempo também pudesse voltar atrás, tal como o pêndulo volta sempre para a direita depois de ter estado à esquerda. Talvez assim não perdesse o tempo da sua vida à espera. Talvez assim conseguisse corrigir os erros do passado. Talvez assim ela ainda estivesse com ele. Uma lágrima desliza pela sua cara, também ela marcada pelo tempo. A saudade aperta-lhe o coração, dá-lhe um nó na garganta, um vazio no estômago. O tempo roubou-lhe tudo. A vida. O amor. A felicidade. Outra lágrima escorre. Mas o relógio não pára para se certificar de que ele está bem. O tempo continua. Ele olha em volta, recordando-se de quando ele e ela se sentavam ali, aconchegados nos braços um do outro, recontando o passado, falando no presente e planeando o futuro. Futuro. Que futuro é este sem ela? Nada do que planeou. Mas ele continua cá vivo, para agradar aos caprichos do tempo. e mais uma lágrima de saudade escorre pela sua face enrugada.
Tic. Tac. Tic. Tac. Tic. Tac.
Ele sente movimento a seu lado. Alguém entra na sala. O seu coração agita-se. É ela. Ela que já não estava entre os vivos, observava-o agora, com os seus cabelos prateados ondulantes. Estende-lhe a mão. Ele olha para o relógio. É chegada a sua hora. A hora de finalmente se juntar a ela, a única que sempre lá esteve. Olha em volta, procurando por mais alguém. Como sempre, está sozinho. Não hesita e dá-lhe a mão. O seu coração já morrera com ela, de qualquer das formas, pois mais ninguém neste mundo lhe deu razões para voltar a amar. Não era só o tempo que o rejeitava. Eram as pessoas. Ela leva-o, guia-o para fora da sala. Ele olha de novo para a divisão, num último olhar de despedida. Na poltrona, vê o seu corpo, com um sorriso melancólico no rosto, de olhos fechados. A expressão da esperança. A esperança que os muitos que sofreram como ele deixem de sofrer. Observa de novo o pêndulo.
E o pêndulo está parado, assim como o seu coração que já não bate, mas que está mais vivo do que nunca.

terça-feira, 8 de março de 2011

Quem me dera...

Ainda há uns tempos, a minha melhor amiga disse que não queria ter filhos, pois as crianças são chatas. Lembrei-me disto a propósito de ter estado ontem na presença de um bebé. Eu, sinceramente, não concordo com ela... Sempre tive jeito para crianças, quer sejam bebés, quer sejam um pouco mais velhas. Fascina-me a curiosidade delas, as brincadeiras que têm, o mundo de imaginação em que habitam. Enche-me de prazer brincar com elas, entrar naquelas brincadeiras que trazem ao de cima o mais puro divertimento que é possível imaginar. Entretém-me a forma como elas falam ingenuamente sobre alguns problemas da vida dando sugestões de soluções que seriam óbvias. Sempre que vejo um bebé tenho o instinto de segurar nele, com cuidado, protegê-lo, acarinhá-lo. E desde que me lembro, que sonhei em constituir família, ter filhos, netos... Mas as coisas mudaram drasticamente quando comecei a fazer a mim próprio as perguntas que mais me incomodavam. É normal que os rapazes e as raparigas se comparem uns aos outros. "Oh, aquele/a tem um corpo melhor que o meu", ou "Como será que aquele/a consegue ser assim tão atraente", ou "o que é que eu tenho que ele/a não tem" ou "Aquele/a ali podia usar uma roupa que o/ favorecesse um pouco mais..." são comentários que muitas vezes nos fazemos, principalmente a pessoas do mesmo sexo. É natural e não significa que sejamos homossexuais. Até que eu comecei a perguntar-me "Será que quando olhas para eles, te estás a comparar ou os estás a admirar?". E depois, fui ou pouco mais longe: "será que tu serias capaz de ter uma relação com outro rapaz?". Até agora a resposta foi sim. E depois, veio a pergunta: "Será que tu és homossexual?". É algo que se sabe. Está cá sempre. Uns escolhem negar, outros escolhem confrontar-se com isso. Eu escolhi confrontar-me e, subitamente, vi todos os planos que eu tinha para o futuro a desvanecerem-se. Eu não poderia ter uma família, não poderia ter filhos! Mas o tempo foi passando, as pessoas continuavam a dizer que eu tinha jeito para as crianças, que os mais novos procuravam (e ainda procuram) sempre pela minha companhia. Acho que a única coisa que tenho que outros podem não ter é a paciência. Sempre fui muito paciente com as pessoas, não só mais novas, como da mesma idade que eu, ou mais velhas. E comecei a pensar. E pensei. Caramba! Estou a deixar-me levar pela sociedade. As pessoas preconceituosas é que dizem que os homossexuais não devem constituir famílias. E houve um dia que ouvi alguém dizer que "os homossexuais não podem ter filhos! Mesmo que sejam adoptados, os filhos deles aprenderiam a ser homossexuais e não teria uma vida hetero!" Acho isto... sem outras palavras: estúpido e ignorante. Então se a homossexualidade passasse de geração em geração por aprendizagem, como é que teria aparecido numa espécie que necessita da heterossexualidade para se manter? Para haver filhos, tem de haver um casal com membros do sexo oposto. Se a homossexualidade se transmitisse dessa forma, não existiria. E continuei a pensar: se achas que o teu sonho de constituir família está destruído por causa da tua orientação, estás a deixar-te levar na ignorância! Tenho tanto direito a formar família com um outro homem, como um homem teria de formar família com outra mulher. Pelos menos, moralmente. Legalmente a realidade é outra... Mas eu amaria tanto o meu filho ou a minha filha como um pai ou uma mãe faria se tivessem um filho, disso tenho a certeza. Continuo a ser um ser humano. Mas quem sabe, tal como a minha vida mudou, talvez mude a mente desta sociedade... Nisso, espero que se reflictam os versos de Camões:
"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades."

A propósito do Zoo (e do desastre que o jantar poderia ter sido...)

Antes de mais, quero dizer que sobrevivi ao jantar de ontem, que até nem foi um desastre. Gostei de lá ir. Principalmente adorei a parte em que bati os recordes da música Bring me to Life dos Evanescence no Singstar. Mauh, in your face! (para os que se perguntam, tinha do meu lado o facto de ser uma música da minha banda preferida e saber a letra de cor, enquanto que a minha oponente não sabia a letra... pormenores, pormenores...). E estive com um bebé ao colo tão lindo... *.* Com dois meses e meio e já tem uns olhos de morrer...

Voltando ao assunto inicial do post... A propósito de um post do Mark, relembrei-me dos tempos em que eu ia ao Zoo. Eu também sempre fui fã de ver documentários sobre vida selvagem, de tal forma que sei a música do Nathional Geographic e adorava ver o canal Discovery. E houve uma altura em que, devido exactamente ao Discovery Channel, aprendi uma música que, depois de entrar uma vez no Zoo a canta-la, passei a associá-la ao próprio local. E até se aplica! A sério que sim. Os fãs mais devotos do canal devem lembrar-se de uma música que passava no Discovery, de vez em quando, chamada The World Is Just Awesome, baseada num hino de escuteiros. Talvez assim não a conheçam... e seu eu transcrever o refrão? Boom de ya da , boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da... Posso fazer melhor, aqui está a música ;p



P.S. : O meu idolo, o Bear Grylls, protagonista do programa Man vs Wild e Worst-case Scenario (por cá conhecidos como Sobrevivência e Sobrevivência Urbana) diz "i love arachnids" (Eu amo aracnídeos). Eu também, eu também :P

PS2: Para quem quiser cantar:
It never gets old, hun?
Nope.
It kinda makes you wanna...
brake in to song?
Yep.
I love the mountains
I love the clear blue skies
I love big bridges
I love when Great Whites fly
I love the whole world and all it's sights and sounds, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da,
I love the oceans,
I love real dirty things,
I love to go fast,
I love egyptian kings,
I love the whole world and all it's craziness, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da,
I love tornadoes,
I love arachnids [Bear Grylls, o meu ídolo *.*]
I love hot magma,
I love the giant squids,
I love the whole world, it's such a brilliant place, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da...
(bum de adha, bum de adha,)
I cannot get that song out of my head
Totally. I'm going again.
I love the moutains,
I love the sun so bright
I love crustacians
I love the stars at night
I love the whole world, so many things to see, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da,

I love to catch fish
I love the lemur eyes
I love the future
I love when humans fly
I love the whole world, no place I'd rahter be, boom de ya da, boom de ya da,boom de ya da, boom de ya da,
Still dirty, still loving it.
I love to blast off
I love adrenaline
I love the Big Bang
I love where air is thin.
I love the whole world and being part of it, boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da, boom de ya da ...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Querem rir um pouco? (Post onde tomo banho, discuto marcas de champô e tento fazer uma piada com o Cristiano Ronaldo...)

Ainda há pouco me aconteceu um acidente que me diz que o jantar de hoje (em casa de um casal amigo da família) não vai correr muito bem... Primeiro, com a pressa de me despachar, saí do duche cedo demais: não tirei o champô do cabelo... Ok,  lá vou eu, já um pouco aparvalhado, ligar de novo a torneira, para passar o cabelo por água. Mas esqueci-me de um pormenor: eu acabara de tomar duche... A água ainda estava direccionada para o chuveiro... Pouco depois, o chuveiro parecia ter ganho vida, qual cobra dentro da banheira, contorcendo-se para a esquerda e para a direita, ensopando-me e molhando a casa de banho inteira. Fechei a torneira à pressa e olhei à minha volta. Tinha a toalha na mão, a pingar. Levei com uma gota que caiu do tecto na cabeça e exclamei: "oh, que lindo! Just awesome! You. Fail. At. Life!". A minha mãe entra pela casa de banho a dentro. Eu aviso-a para ter cuidado para não escorregar no chão molhado e tapo os meus atributos masculinos com a toalha. A minha mãe pergunta o que se passou ali. eu respondo, a medo, contando o que acontecera. Pouco depois, lá estava eu, com a esfregona (e ainda em roupa interior) a limpar a casa de banho... Acho que não vou sair vivo do jantar...

P.S.: O bom disto tudo é que descobri que o H&S me deixa o cabelo mais macio que o Linic... Damn you, Cristiano Ronaldo, you failed me! (Não me surpreende... nunca fui muito à bola com o tipo... perceberam? nunca fui à bola com ele? Ele é futebolista, eu nunca fui ver nenhum jogo...? Não...? Nop. Okeey, não teve assim tanta piada...)