sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Adele é aquela senhora das músicas fantásticas


Esta música dá-me sempre vontade de cantar com garra. identifiquei-me tanto com ela outrora, que não consigo evitar, ao ouvi-la, saltar de onde quer que esteja sentado, e brandir as palavras no ar como se fossem a minha espada de ataque, o meu escudo de proteção, como se ouvesse realmente um fogo a acender-se no meu coração. Isto porque vivi de perto a sensação de ter o peito em chamas de raiva e dor. Porque sei como é sentir-me impotente sem conseguir evitar pensar em como poderíamos ter tudo, como o coração esteve nas mãos de alguém que brincou com ele ao som da batida, de forma tão cativante mas que no fim, apenas o deixou escapar entre os dedos.

Mas hoje já não sinto esse fogo. Apesar de a música me dar as recordações de como era. Hoje em dia, estou mais num mood para esta.




A batida, os coros, os vocais, tudo nesta música me dá vontade de pegar em duas baquetas e arremessa-las com força contra um tambor, enquanto à minha volta soam os "ooh, ohh" e "rumour has it". Sem dúvida, a minha parte preferida:

"Sure! She's got it all, but, baby, is that really what you want?"

Aquele vibrato das palavras "sure" e "want", prelongado na última, com garra na primeira... A forma como o ritmo rápido cessa abruta mas harmoniosamente, dando lugar ao piano melancólico, e todas aquelas palavras que sussurram ao meu ouvido, contando uma história que não aguento ouvir, fazem sentido, até que o ritmo volta a acelerar, culminando com a cereja no topo do bolo do tom irónico e triunfante do último e fantástico verso "but rumour has it he's the one I'm leaving you for" e o piano a brilhar com aquelas notas rápidas e seguidas, enfim, sou capaz de ouvir esta música vezes sem conta.

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