Há umas quantas músicas dos Mumford and Sons de que eu até gosto, o que me surpreendeu, porque acho que sinceramente este não é bem um género de música pelo qual caio de amores. Comecei primeiro por ouvi-los na rádio. Desde que comprei um Rádio leitor de CDs, que a Mega Hits é a minha eterna companhia. Antes era apenas o relógio despertador, com o seu incessante tic-tac, que não deixa o meu irmão dormir quando tem de passar a noite no meu quarto para ceder o dele a visitas. Agora é o som da música que enche o quarto assim que chego a casa, pois é a primeira coisa que faço assim que passo por aquela porta: ligar o rádio. E desligá-lo é sempre a última que faço antes de me ir deitar.
Voltando ao tópico original do post, ora a primeira que ouvi deles doi, se não me engano, a Little Lion Man, e esta é sem dúvida, sem tirar nem por a que mais gosto deles. É uma música que me toca bastante. Identifico-me imenso com esta música... E sim tem assim umas partes com linguagem mais forte, mas é assim que são os sentimentos, correcto?
Weep for yourself, my man,
You'll never be what is in your heart
Weep Little Lion Man,
You're not as brave as you were at the start
Rate yourself and rake yourself,
Take all the courage you have left
Wasted on fixing all the problems
That you made in your own head
But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear?
Didn't I, my...
Tremble for yourself, my man,
You know that you have seen this all before
Tremble Little Lion Man,
You'll never settle any of your scores
Your grace is wasted in your face,
Your boldness stands alone among the wreck
Now learn from your mother or else spend your days Biting your own neck
But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear? (x2)
Didn't I, my dear?
Ahhhhh......
But it was not your fault but mine
And it was your heart on the line
I really fucked it up this time
Didn't I, my dear? (x2)
Didn't I, my dear?
Pronto, e depois há aidna a outra que gosto bastante mesmo, a I Will Wait
We fall, we fall
But like the Phoenix
We rise, we rise
From the ashes, the ashes
Scattered on the floor
We rise, we rise
And go through the open door
Leave pain and sorrow behind, behind.
Our withered bodies burn down below
And we just rise and fly away
rise and fly away.
Portanto, parece que estou de volta. Estou de volta porquê? Porque acontece... Infelizmente o blogue tornou-se um sítio de escapatória quando a vida dá as piores reviravoltas possiveis. Acho que nao vale a pena entrar em detalhes. Depois aidna me acusam de seguir em frente e ver a situação como algo definitivo, quando, na realidade, essas pessoas é que me deram isso a entender. Estou farto que exijam de mim mais que o que posso dar. E que me tomem por garantido entretanto. Que se achem no direito de me pedir tudo quando não me dão tanto como querem, quando falham em coisas tão pequenas e simples que até mete dó. E não, não vou ser o chorão resignado que fui antes. Estou farto de ser essa pessoa, a sério que estou. Dei-lhe o volante para a mão. Disse-me que quando eu o fazia, despistava sempre o carro. Ele deixou-me na estação de serviço mais próxima e foi-se embora, sem deixar bilhete ou nota.
Em dois minutos, provaram que eu estava certo, na única coisa da minha vida que eu esperava ardentemente estar errado: que quando uma pessoa pede um tempo, anuncia o fim da relação, mais tardio ou madrugador, mas eventualmente, o fim.
E há duas semanas que estou doente, curo-me de uma coisa para apanhar com outra. O que também não ajuda ao meu estado de espírito. Para ser honesto? Já tinha saudades disto. Escrever assim, mais para mim do que para outra pessoa qualquer. De notar que os versos acima nao têm uma fonte porque eu sou essa mesma fonte, obrigado. (nota-se, não são grande coisa, lol). E vejo tanta coisa que desisti de fazer por pessoas que nunca viram o que estava mesmo debaixo dos seus olhos. E depois, quando chega a minha vez de ser magoado de maneira quase irreparável, o que é que ele faz? Claro, tentar reparar os estragos está fora de questão. O que se deve fazer mesmo é deixar para trás um caco do que outrora fui, e o próximo que cair nas graças dele que o arranje. Bagagem desnecessária, para ser honesto. É quase uma sentença de "se eu não o posso ter, ninguém o terá".
Tenho deixado tanto para trás... Gostava de acreditar que poderia ter sido algo mais, que não precisava de ser tempo desperdiçado. Mas no que se trata de lutar... Será que ele luta por mim, ou por fazer de mim aquilo que ele desejava que eu fosse?
Será que me vai censurar por escrever isto? Quero lá saber. Se ele está a ler, é porque há algo nele que ainda se digna a considerar-me parte da sua vida, e shame on you, if you don't act on that to fight for me.
E porque esta música diz muito do que eu desejo, e estava agora a dar na Mega Hits enquanto eu escrevia isto: Kelly Clarkson - Dark Side
Há uns tempos descobri este site, onde vários autores publicam histórias cuja temática pode abrodar muitas coisas completamente diferentes, desde a vida banal do dia-a-dia até sagas imensas de aventura e fantasia.
Aqui estão algumas das histórias que recomendo (em inglês, como todo o site)
Belovédpor Don H
É a história de Cameron MacKenzie e Kevin Stolz, vizinhos e amigos desde que nasceram, agem como irmãos. Mas um dia, e depois de muitos acontecimentos que mudaram a sua vida, eles acabam por confessar que o que sentem um pelo outro +e mais do que amor entre irmãos.
Butterflies FLy Freepor Bill W
Uma das minhas preferidas. Leo cruza-se com Colt, um rapaz que parece abandonado e sem casa. Leo acaba por o acolher em sua própria casa, e cedo descobre que sente algo pelo rapaz, mas acha que tais sentimentos são impróprios, até que Colt revela também querer algo com ele.
Homepor Nephylim
Esta é uma história tocante de como Ryden, um jovem que sofreu um grave acidente, tenta lutar contra o seu próprio corpo, na esperança de se reencontrar com a sua família, com os seus amigos, e com o rapaz que ama, Lucas.
Estivemos tão perto de cada um seguir o seu caminho... Mas as coisas não estavam destinadas a acabar dessa forma. Haveriamos novamente de resolver as nossas diferenças como sempre fizémos. E finalmente, ele veio cá. Esteve aqui ontem. Tivemos tempo apra tudo, até para irmos às compras juntos. Pesámos que mal conseguiriamos ter tempo para alguma coisa... Mas tivemos momentos românticos, momentos eróticos, momentos casuais... Deu tempo até para aparvalhar, a fazê-lo rir com as cócegas. E depois houve também quele momento em que ele estava sentado de pernas à chinês na minha cama, e eu deitado, com as pernas de cada lado da sua cintura, ancas entre os seus joelhos e de barriga para cima. Ele subiu-me a camisola, e brincou com o meu umbigo, enquanto conversávamos sobre tudo e sobre nada, e desejávamos poder passar todos os dias assim. Senti-me próximo dele novamente, com o seu toque quente na minha pele. Ainda o posso ver ali sentado na cama, a observar-me, com o seu sorriso... Deuses, como eu amo aquele rapaz! Faz-me pensar em tanta coisa, e tanta coisa dá seguimento a isso, que eu queria escrever e descrever o que sinto, mas perco-me nas minhas próprias palavras e o texto terá de ficar assim, pequenino.
Mas tenho algo mais a dizer aos leitores. Falei com o Elijah sobre isto ontem. Perguntei-lhe se às vezes ele ainda tinha vontade de escrever num blogue como antes fazia. Ele respondeu que sim, mas que depois acabava por não o fazer porque se desleixava com a manutenção do site. Por isso ofereci a minh Arca, onde ele poderá guardar os seus textos soltos junto aos meus. A Arca no Sótão é, afinal, uma reunião de pensamentos e de intimidades da minha vida, e ele já faz parte integral de toda a minha vida. Portanto, brevemente, o Elijah será tido como co-autor deste blogue. Assim poderão ver por vezes a vida na perspetiva dele.
Isso, pede por ajuda a todas as entidades divinas imaginadas e criada pelo homem ignorante que não sabe que o verdadeiro poder está na terra, bem aqui perto, nas nossas mãos.
Ahah! Escondes-te?! Isso, esconde a cara enterrando-a nas mãos! as agora sou eu que estou no alto, não é? Lá no alto. Tudo isto, culpa tua ingénuo passageiro no vagão da suposta primeira classe. Estás com medo do escuro? Pois ainda bem, porque é no escuro que eu caço. éno escuro que te persigo, na tua sombra. Fechas os olhos para não me veres, e tudo o que vês é escuridão, e tudo o que sou é escuridão. Fechas os olhos e tudo o que vês é a mim.
Vês agora? nascido do ventre onde não pertencia, desapontando todos, destruindo-lhes as expectativas que tinham, destruindo-lhes os corações, destroçando-os em pedaços e faço o mesmo contigo agora, mas agora é a noite, a noite da caçada, a noite em que finalmente conheço a minha doce e fria vingança. É hoje que tudo acaba. Para ti. é a noite em que recomeça a minha vida. Não ficarás a rir cinicamente como sempre o fizeste quando me lembravas de tudo aquilo, quando me aprisionavas no meu passado , do meu nascimento no ventre venenoso corrupto por uma qualquer criatura que não existia, que não era deste mundo.
Rezas de novo ao teu Deus. O teu Deus não te pode ajudar. Porque ele não existe. Eu ergo-me acima de tudo isso e vejo-te a ti e a todos os teus fracos companheiros como formigas lá em baixo. Movo-me entre ladrões assassinos e mentirosos, não sou um deles, mas sou todos eles, todos eles num corpo, o Demónio no teu interior. fecha os olhos e voltas a ver-me como um flashback, uma memória corrompida, sangrenta, uma memória confusa que te faz trocar palarvras, números, cronologias, ideias.
mas ergues-te acima de mim. Mas a noite é minha. A noite é minha, do caçador, não tenhas medo do escuro. é no escuro que eu cresço e volto a erguer-me acima de tudo, é à noite que te lembra. É à noite que te lembras da vingança. é à noite que te lembras de mim, o teu pior pesadelo. É à noite que te lembras do Demónio que sempre esteve dentro de ti desde o dia em que caminhaste ao sol deste mundo, coisa que nunca mereceste. é durante a noite que juro pelos deuses que quebrarei o teu coração, te despedaçarei em pedaços e de rasgarei as entranhas de dentro para fora.
A noite é da escuridão.
A escuridão é a memória.
A memória do demónio que te assombra.
O demónio que te assombra, como sempre fez, eu que sempre te persegui.
Eu que sempre te persegui porque...
Porque tu e eu somos o mesmo.
Porque à noite te lembras que és tu próprio quem te auto-destróis. És tu próprio que és os mentirosos, os ladrões, a escumalha. És tua escuridão dos outros e a destruição do alheio. És tu a confusão dos lúcidos e a certeza dos loucos. És tu o fruto do ventre venenoso, és tu que talhas e destróis tudo à tua volta. fechas os olhos e ves-me na escuridão. Vês a ti mesmo na escuridão como se o negro se tratasse de um espelho límpido, porque...
Eu e Tu.
Alegria e Destruição.
Somos o mesmo.
O Caçador é caçado... por si mesmo.
[Inspirado a ouvir a Night of The Hunter dos 30 Seconds To Mars e no meu estado de espírito deplorável de final da noite...]
O que me salta mais à vista é a frase várias vezes dita, onde o senhor José António Saraiva escreve " alguns jovens que não têm inclinações evidentes acabam por ser atraídos pelo mistério que ainda rodeia a homossexualidade e pelo fenómeno de moda que ela assumiu em determinados sectores."
Será que com "algum jovens que não têm inclinações evidentes acabam por ser atraídos pelo mistério que ainda rodeia a homossexualidade" ele se refere áqueles rapazes (tal como eu), que não têm nenhum comportamento mais feminino, vulgarmente conhecidos por tiques, e que é na verdade homossexual? Ou seja, àqueles gays que vão contra os estereótipos da sociedade? E que mistério é esse? que eu saiba homossexual é pura e simplesmente um indivíduo que se sente atraído sexual e/ou afetivamente por outro indivíduo do mesmo sexo, de misterioso não tem nada... E com "fenómeno de moda que [a homossexualidade] assumiu", que quer ele dizer? Que ser gay virou moda? Ou seja, arriscar ser deserdado pela família, rejeitado pelos amigos, e acabar num país onde os seus direitos são diferentes e menores que os dos outros é moda? Para isso viraria moda inventar máquinas no tempo e ir para os confins da época medieval...
E tal como o Ricardo disse, como é que este senhor sabe que um rapaz é gay, só porque se recosta no elevador, de pernas e braços cruzados, de cabeça baixa? Isso é indicador de (como referido pelo autor do blogue onde descobri esta pérola negra) timidez, talvez cansaço, aborrecimento até! De homossexualidade? Que eu saiba, poder-se-ia considerar um rapaz homossexual se ele estivesse no elevador, encostado contra a parede do mesmo a beijar o seu namorado/parceiro.
Mas no topo deste bolo, adoro como o senhor Saraiva trata a homossexualidade como uma escolha, como escolher um partido diferente do dos pais para demonstrar revolta. Para demonstrar revolta?! Para demonstrar revolta um adolescente isola-se, mete-se em substâncias ilícitas, anda com companhias duvidosas (e com isto quero dizer tipos que deviam estar presos), não decide um dia de manhã que é gay, se vai vestir de cor de rosa e ostentar uma bandeira arco-íris!
Claro, estou a exagerar nesta última frase, mas um facto é certo, o artigo deu-me a volta ao estômago de uma maneira que nem o consegui ler todo. Mas fiquei mais descansado porque todos os comentários demonstravam que ninguém que leu aquele artigo, gente culta, concordava com o que o senhor Saraiva dizia. E notem que uso o termo "senhor" com uma ironia extrema... mas ora aqui fica um par de imagens que descobri em links dos comentários que transmitem bem a ironia da situação:
Hoje vi um trabalho na escola, afixado em cartaz, sob o tema "influência dos genes no dia a dia" em que diziam que a homossexualidade tinha a sua parte de genética. Na altura isso pareceu-me ridículo. A verdade é que está tudo nas hormonas, e estas são proteínas, cuja produção está nada mais nada menos codificada nos genes, no material genético que herdamos dos nossos pais, mas que sofre certas mutações e misturas que podem dar, e dão mesmo, origem a uma nova grelha inédita para mapear um futuro ser vivo, por isso a hipótese não é assim tão descabida quanto parece à primeira vista, do ponto de vista de um adolescente gay como eu. Mas depois de ler este texto, chego a uma conclusão. O grupo que realizou o trabalho, baseou-se em dados científicos disponibilizados por determinados estudos mais ou menos rigorosos, mas todos com a sua base científica. As palavras deste senhor, vêm de uma boca ignorante, e fico-me por esse adjectivo para não parecer mais ofensivo. Claro, todos temos direito à nossa opinião, é óbvio, e esta é a deste senhor. Mas daí a expo-la como propaganda neste jornal, sem qualquer outra base para assumir coisas sobre as pessoas para além da forma como assenta os pés no chão, vai uma diferença entre dar a opinião e armar-se em ridículo!
E, por fim,a este senhor, digo o que disse aos meus pais na altura em que me assumi: "Ser gay não foi algo que escolhi! Acham que eu escolheria dificultar o resto da minha vida, que escolhi ter de enfrentar todo o mundo sem poder fazer nada sobre isso? Acham que escolhi ser isto que até tive de guardar como segredo por medo de perder o amor dos meus pais devido a quem sou?" Não me parece que eu tenha aderido a essa moda porque me apeteceu de um dia para o outro. Este senhor devia passar os dias na pele de um adolescente gay onde estes ainda são condenados à morte por lei...
Não, "para sempre" não é muito tempo. Não mesmo! É verdade que apagámos o blog mas isso não significa de maneira nenhuma que tenhamos terminado a relação. Desde quando é que um blog (existente ou eliminado) é o mesmo que o estado de uma relação? Decidimos eliminar o blog que tinhamos em conjunto porque sempre foi um bocado complicado termos tempo para escrever lá. Umas vezes eu não podia, outras vezes um de nós se esquecia. Preferimos dedicar o nosso tempo a fazer coisas juntos e ultimamente não temos tido mesmo tempo nenhum para blogs. Ainda por cima, a época de exames aproxima-se para ambos e assim que terminarmos o secundário vamos viver juntos. Por isso, chegámos à conclusão de que não valia a pena manter um blog daqueles, por enquanto, visto que a relação está numa altura em que sabe bem ser só nossa e de mais ninguém. Preferimos aproveitar o tempo que temos para preparar o nosso futuro juntos e vivermos a nossa relação em pleno um com o outro. Talvez no futuro, em que possamos passar mais tempo juntos, tenhamos oportunidade de escrever os dois em conjunto, mas por enquanto, não beneficiamos com isso.
No entanto, agradeço a preocupação mas a nossa relação não é algo que vá acabar.
Amamo-nos imenso e para sempre!
e para sempre não parece muito tempo quando o passamos junto um do outro :)
Só mais uma semana para as férias! Fui passar o fim-de-semana a casa dos meus avós. Bom, se leram o último post, devem ter ficado com a ideia e que a coisas entre mim e o Elijah estão muito más. Mas se leram o blogue que eu e ele escrevemos em conjunto, então sabem que afinal de contas, há males que vêm por bem. Acho que foi preciso irmos ao fundo para realmente voltarmos a trepar mais fortes do que nunca. Este fim-de-semana longe da internet deu para morrer de saudades!
Ele saiu agora do quarto. Mas ainda há pouco o estive a admirar... Sabem aquela sensação que têm quando olham para alguém e sentem o peito ficar mais leve, como se o coração falhasse uma batida, com borboletas no estômago? Aquela sensação que têm de extrema alegria quando vos dão ou conseguem arranjar algo que já andavam a querer há anos até? É assim que me sinto cada vez que olho para ele, cada vez que ele me entra no pensamento, cada vez que lhe digo que o amo. Deuses... O corpo dele... Na altura em que comecei o namoro com o Elijah, senti-me orgulhoso por me ter apaixonado pelo que é, e não pela sua aparência física. Mas vê-lo foi como apaixonar-me completamente de novo por ele. O corpo dele é o único que me dá vontade de passar as minhas mãos pela sua pele quente, poder saborear os seus lábios com os meus... E vou ficar por aqui, para tornar o post demasiado explicito, se é que me entendem. Sim porque eu amo-o literalmente dos pés à cabeça, com tudo o que vem pelo meio incluído...
Enfim, amo cada célula do seu corpo com toda a minha vida. O ser humano tem triliões de células. Agora imaginem como é amar uma célula com a nossa própria vida. E agora multipliquem isso por 3 triliões, e saberão quanto é um milésimo daquilo que eu o amo. Exagero? Não. E a cada segundo que passa, o meu amor por ele cresce exponencialmente e tende para mais infinito, como diria a minha professora de matemática. O meu coração já não bate sem pensar nele.
Às vezes ele dúvida do que sinto, não por mal, claro. Ele é um pouco inseguro. E às vezes, distraído como sou, faço passar a imagem de que me esqueci do que sinto por ele. No entanto, o que sinto por aquele rapaz de olhos castanhos com um pouco de verde é maior e mais inesquecível do que qualquer sentimento que outrora abalou o meu coração.
Escrevi que quando está partido, o meu coração não é capaz de te amar... na verdade... por mais espezinhado que o meu coração estivesse, nunca seria capaz era de deixar de te amar. Nunca.
Amo-te, mio caro. Com todo o meu coração, e com todos os pedacinhos do mesmo caso ele alguma vez se parta :)
Porque pelos vistos voltei ao tempo em que se falo com alguém, tudo o que vou receber em troca é represálias.
Mas afinal, estou a ter o que mereço. Sim, a ter o
que mereço… o que eu mereço é estar sozinho… E um dia disseste-me que eu não
merecia isso. Que eu não merecia estar mal. E eu achei que eras diferente dos
outros… Achei que… Achei que podia contar contigo para tudo.
Ficaste magoado comigo, percebo.
E agora sou eu que estou magoado. Quando tu estavas magoado… Quando estavas
magoado tentei dar o meu melhor para não te fazer sentir assim. Mas agora que
eu estou assim… A ti convém ver-me assim. É agradável, satisfatório.
Compreendo. Adoras ver-me,
como diz a música, “would it make you feel better to watch me while I bleed”. Já me viste sangrar várias vezes. E agora o que fazes é como se metesses os dedos em cada lado da ferida e a rasgasses ao comprido fazendo-a maior.
Sim… A Skyscraper da Demi Lovato.
Oiço-a vezes sem conta. Tu ouves a Parto f Me da Katy Perry. Sim, estás a
brilhar, o teu momento de glória. E eu? “Do you have to make me feel like there’s nothing left of me” para te
sentires glorioso?
Doentio.
É doentio. É a única palavra que
consigo descrever. Doentia a forma como te magoei ao ponto de tu olhares para
mim com desprezo, de me atirares com palavras deste tipo… Queres afastar-me?
Pois bem, é o que estás a conseguir fazer. E agora realmente. Porque um dia, se
as coisas se mantêm assim… A minha visão tornar-se-á mais clara. “As the smoke clears I awaken and
untagle you from me”.
Mas se chegámos ao ponto em que já
não posso contar contigo… Chegámos ao ponto em que a única coisa que te faz
feliz é deitares-me abaixo. É?
Então olha:
“Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper”
Porque sempre há algo positivo a
tirar da tua atitude, sabes? Há algo bom no meio disto tudo. Fizeste-me mais
forte. Se as coisas continuam assim… Perco a fé no amor. Como tu o fizeste um
dia. Sabe-te bem? Estou a sentir-me exactamente como tu te sentiste! Sabe-te
bem a vingança não é? Parece um jogo para ti… Exiges, exiges, exiges, fazes-me
sentir que quero outra pessoa, culpas-me por isso, e nem sequer tentas esconder
como adoras ver-me no estado em que tu estavas. Antes pelo contrário, fazes
questão de me relembrar, no momento em que eu pensei estar tudo bem…
Os céus podem estar a chorar, e
eu posso até estar a apanhar lágrimas com as minhas mãos… Mas nenhuma outra
lágrima será deitada dos meus olhos em frente a mais ninguém, nem mesmo em
frente ao espelho. Nem por ti. Nem por ninguém.
Pensei que fosses diferente, que
fosses melhor… E por isso me apaixonei por ti, porque pensei que em ti poderia
ter amor e apoio incondicional. Oh, sim, excepto quando te sabe bem veres-me
assim.
Amas-me? Não. Não acredito que
ames. E sabes porquê? Porque se ainda me amasses, farias de tudo para eu estar
feliz, não de tudo para eu me sentir merdosamente só porque tu também já te
sentiste assim.
“ah, tenho medo de te perder”
“ah, tenho ciúmes porque eu não sou
musculado”
“ah, sou inseguro, mas sou assim,
e compreendo que queiras outro”
Não. Não são essas coisas que me
fazem querer outra pessoa. É esta situação que faz desejar que tu fosses
diferente do que és. Mas pelos vistos já revelaste o teu lado escondido, aquele
que nunca terei. E sabes porque nunca terei esse teu lado? Porque é o teu lado
que pior me faz sentir.
“Faço tudo menos ficar a olhar”
“Fala lá com os teus amigos já
que tens um namorado que não te apoia”
“Sim, faz-te lá te vítima e atira
as culpas para cima de mim”
Não, não me vou fazer de vítima.
Se é isso que achas que eu estou sempre a fazer quando baixo as minhas guardas
em frente a ti, então não vale de nada. Vou simplesmente ser um arranha-céus,
distante do chão, distante de ti, perto das nuvens, alheio ao que se passa lá
em baixo, simplesmente vou ser de betão, com as minhas janelas ainda partidas,
mas pelo menos ainda estou de pé.
Quando o meu coração está partido, não é capaz de amar...
O meu blogue, coitado, parece estar quase ao abandono... Não que a vida tenha andado parada. Pelo contrário, por exemplo, na segunda-feira, o meu namorado, o Elijah até cá veio e tudo. É ainda um pouco surreal vê-lo deitado na mesma cama que eu, sendo essa cama a minha... Não que seja mau, pelo contrário, mas às vezes até parece bom demais para ser verdade...
Não esqueço os tempos em que deprimente era a palavra que melhor me descrevia... E não esqueço porque não quero voltar a eles. A sério que não... Ninguém quereria, obviamente. Hoje estive a falar um pouco com o J.T.. Ele queixou-se que já há imenso tempo que não vou lá a casa dele. Combinei que lá iria no sábado. E realmente, a verdade é essa. Antigamente, se dava o caso, de duas em duas semanas ia lá um sábado e acabava por ficar para jantar, a convite da sempre simpática Dona B., a mãe do J.T.. Somos quase, se não mesmo como, família. E espero nunca perder isso. O que acabamos sempre a fazer? Invariavelmente a jogar ou a ver filmes de terror.
Para quem lê o blogue há mais tempo, possivelmente lembra-se de eu já ter mencionado esse gosto que tenho por filmes de terror. Mas não se trata apenas de filmes, trata-se de tudo o que tenha a ver com o sobrenatural. Como curioso que sou, e com veia de cientista que tenho, adoro ler e conhecer algo que desafie o que eu posso desacreditar por provas científicas. Acredito na ciência? Sim. Se acredito que ela pode explicar tudo? Não. Não há verdade absoluta. Se acredito na vida além da morte? Não sei. Se acredito em fantasmas e espíritos que remanescem das pessoas que outrora habitaram certo lugar ou passaram por certo trauma mortal? Sim. Posso não acreditar em Deus, e não saber se há de facto um Inferno ou Paraíso depois de tudo isto. O que é certo é que acredito em espíritos e assombrações (chamem-me louco, se quiserem). E a verdade é que eu próprio já tive as minhas experiências paranormais. Coisas que me aconteceram e que não posso explicar. Não vou entrar em detalhes, pois poderia perder o anonimato aos olhos das pessoas que experimentaram o mesmo que eu, no mesmo sítio. (Sim, não fui o único a ter essas experiência no mesmo local, desde a sensação de ter alguém atrás de mim de tal maneira intensa que me virei para trás para ver quem era, ou sombras a mexerem-se quando não o fazíamos, ou até que não deveriam lá estar.). Mas já antes disso eu acreditava. E continuo a acreditar. E acreditarei sempre. Quanto aos céticos? Invejo-os. São ele que conseguem dormir à noite descansados até mesmp num sítio com fama de estar assombrado. Melhor. Não os invejo. Porque se eles dormissem descansados, poderiam ser apanhados desprevenidos, em contraste com alguém crente como eu, que estaria mais alerta...
Mas agora, cabe a cada um acreditar no que quiser. Gostos e cores não se discutem.
Apesar de isso não me surpreender, o Elijah que o diga, eu sempre estive confiante de que ela ia ganhar todas as categorias para que estava nomeada, e assim aconteceu. No entanto, tenho de admitir, estou bastante orgulhoso da Adelita. :P
domingo, 12 de fevereiro de 2012
O meu mundo está a desabar a tal velocidade que nem consigo ainda acreditar que isto está a acontecer...
Aqui está o desenho de que falei no post anterior... Surgiu-me na mente, e penso que não necessita de explicação... Melhor, não o vou explicar, deixo ao critério de cada um como o interpretar, pois é assim mesmo que é a arte ;)
Já há muito tempo que não escrevo aqui. E já há muito tempo que não me sento a uma secretária e me dedico a desenhar. Não um daqueles desenhos para passar o tempo numa aula aborrecida, mas um dos desenhos que desenhei por gosto, por vontade, para praticar. Começo a tremer o braço, a perder o curso das linhas que outrora me saiam tão facilmente, tão fluídas... Apesar de sraro ser o desenho que me satisfaz, ultimamente nenhum o tem feito como deve de ser... E também estou a perder o contacto com muitos dos meus amigos... o J.T. e a Bia, por exemplo... Como J.T. tenho falado. A Bia anda lá com o namorado dela... mas para ser sincero, aquilo vai acabar mal. Espero que acabe apenas. Parece mau? Não é, acreditem. Ele fala mal com ela. E já foi violento à frente dela. inclusivé, já a empurrou "mas estava bêbado" e então? Isso não é desculpa. Espero que ela não acabe como a minha avô... 50 anos a aguentar abusos do homem que amava quando casou... Não só físicos mas psicológicos, aos ponto de terem de ser os filhos e netos a decidir tomar uma ação... Não desejo isso a ninguém.
Já não me lembrava como era desabafar por aqui por estas partes... Estou a mirrar. A saudade faz dessas coisas. Já não choro. Mas não é por força, é por cansaço. Cansado de chorar... Um "supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo, íssimo cansaço", tal qual como diz o Fernando Pessoa. Já não sei que mais escrever. A inspiração, ou o que resta dela, ainda vagueia por aqui... não sei a expressão em português... É como na My Immortal, dos Evanescence, "your presence still lingers here"... Ah! Sim! Ainda paira no ar a minha inspiração. Pouco, ténue, toca-me por vezes mas não me dá suficiente vontade para agrupar em letras, palavras e frases coerentes os pensamentos que me atingem o cérebro. Desenhar é o meu segundo escape. É... Tenho de desenhar... Vou fazê-lo talvez agora... Sim... Provavelmente acaberei por fazer alguma coisa... Sou capaz de depois pôr aqui no blogue... ou não... Não sei... Talvez... Se não me der esse íssimo cansaço...
Já não fazem sentido as minhas palavras... Estive 3 horas acordado involuntáriamente a criar cenários na minha cabeça que nunca existiriam. Em todos eles, o ELijah estava junto a mim. Ás vezes imaginar isso ajuda-me a aguentar, a esperar até ao dia... Mas hoje? Hoje nem por isso. Porque estou cansado de estar longe, e só anseio pelo dia em que estejamos perto uma vez mais. E já não vou escrever mais, porque já não consigo... Sou capaz de depois editar o post com o desenho que fiz... Capaz de... Não tenho a certeza...
Vago vento silencioso. Sussurra-me fazendo a minha pele
arrepiar, e a minha espinha obriga-me involuntariamente a estremecer, sem que
eu queira ou possa controlar, tal como não quero e não posso controlar o pensamento
que provoca essa briza de inverno. Embora poético, na escrita melancólico estou
como no coração. Lembro os tempos que foram e já não são… Os tempos de risos e
conversas longas até horas alargadas da noite, como se não houvesse amanhã e
não necessitássemos sequer de dormir… Mas agora as minhas palavras soam ocas e
escapam dos ouvidos de a quem eram dirigidas. Palavras. Pistas. Pequenas coisas
que leio, que observo, que são pra mim sons claros e altos como o soar da
campainha do meu despertador (daqueles estilo antiquado que faz “trrrrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiim”
até o desligarmos). Todas essas coisas que quando os outros emanam sem querer
eu descubro e colho, interpreto e percebo. Todas essas coisas que, quando sou
eu que emano, escapam a quem eram dirigidas. E depois fico olhando expectante até
ao momento que finalmente as pistas são montadas pelos outros como a um puzzle,
ou até ao momento em que percebo que as peças que dei eram já pequenas demais e
em quantidade insuficiente para que o puzzle fosse completo. E porque não fazer
de caixa aberta e dar logo por palavras o que sinto? Porque mesmo dentro de uma
caixa aberta, um puzzle não vem já montado e cabe à pessoa que o estima como
propriedade sua a tarefa de unir as peças para completar a imagem e a mensagem.
Algumas imagens não são para todos os olhos, pois podem ofender e revoltar alguns.
No entanto, tenho uma forma de dizer o que sinto. Junto outro tipo de peças
noutro tipo de puzzle. Peças essas são as letras, puzzles esses são as frases construídas
a horas que são já da madrugada e não da noite. É a minha forma de montar o
puzzle em frente aos olhos de outros. Mas não dura muito… Pois bastam minutos,
segundo até, talvez, para que o vago vento silencioso desmonte este fino puzzle
de letras e o leve consigo de novo desmontando-o, para que alguém do outro lado
do mundo as poça apanhar e montar na ordem que bem quer e lhe apetece,
transformando as palavras numa distorção do que eram, e na beleza do que serão
depois.
Colho-as aqui e ali. Como se de plantações se tratassem, semeadas por todos os cantos por que passo, principalmente por aqueles a que chamo meus. O meu quarto, a minha estante, os meus livros, as minhas folhas. Escondidas sorrateiramente se arrastam para debaixo de objetos que vou pousando em cima das secretárias ou das prateleiras sem prestar atenção ao que estou a fazer. Quero libertar as minhas mãos e não importa em que sítio pouso o qualquer manual escolar ou placa de desenho digital que me ocupa os dedos que estremecem ao escrever no papel por já não o fazerem há algum tempo.
Suspiro e olho, observo o teto, na esperança que quando voltar a baixar o olhar já tenha passado o tempo que falta para o sentir de novo nos meus braços. Os meus olhos perscrutam freneticamente o parágrafo em busca daquelas palavras alienígenas trazidas pelo novo ortográfico. Tal como mudou a língua, mudaram os meus desejos e esperanças. mas tal como esta manteve as suas bases, também os meus desejos e esperanças mantêm as suas. folhas de papel que caiem levemente abraçadas pelas moléculas da atmosfera, aninha-se no chão a folha branca. Não. Já não está branca. Mas também não foi escrita por mim. Espreito. Até à pouca luz do candeeiro de cabeceira o desenho vibra com as várias cores. São os rabiscos genuínos e honestos de uma rapariguinha de seis anos, a prima M. . Olho para o desenho, com inveja. O produto das minhas inspirações de escriba mancham as linhas das folhas de papel, mas os devaneios de uma pequena e inocente criança enchem de cor um papel branco. Naquele desenho posso ver as cores, as cores, deuses, as cores que tanto enchem pedacinhos da minha vida, a pouco e pouco inundando-me de uma ingénua felicidade. Mas os borrões que vejo manchando as folhas de papel que reclamei para torturar com a ponta afiada da minha caneta são também um pedacinho de mim. Arrependimentos que me assombram, desejos que me atormentam. Esses... Esses são aqueles que me fazem ficar com nostalgia.
"Como aqueles que invocam espíritos invocam espíritos, invoco
A mim mesmo..."
(Álvaro de Campos, A Tabacaria)
Quase como fazia o Campos, invoco como os que invocam espíritos invocam espíritos, mas não a mim mesmo e sim à sua presença... Aqueles braços que me envolvem com calor e carinho que me fazem sentir num porto seguro de onde posso viajar para outros mundos e voltar de novo tendo um sítio onde sempre lançar âncora. Quero ouvir de novo aquela orquestra solitária que é o bater do seu coração junto aos meus ouvidos, marcando o ritmo compassado a que passa a minha vida sempre a pensar nele, nos seus lábios que tanto quero voltar a beijar, e nos seus olhos...
Seus olhos...
Deuses, os seus olhos, os seus olhos... os seus olhos castanho profundo, memória longínqua parecem ser, com uma aura de um verde folha, como as folhas das árvores... das árvores que deitam abaixo para fazer as folhas de papel onde borro parágrafos longos e suspirados... Vejo naquelas folhas agora aquele castanho profundo dos troncos das árvores de que se fez o papel, e o verde que rodeia o castanho como uma aureola, tal como as folhas formariam uma copa no topo da árvora que abaixo foi deitada.
O bater do seu coração.
O carinho do seu olhar.
A proteção dos seus braços.
O calor do seu corpo.
O conforto dos nossos dedos entrelaçados.
A suavidade do seu cabelo.
O Aroma doce da sua pele.
Coisas perfeitas e sem igual neste mundo, obra dos deuses, certamente, obre de uma qualquer entidade que sem dúvida gosta de ser irónica, pois criou para mim o par perfeito, mas afastou-o de mim quilómetros e quilómetros, bem longe do alcance do meu abraço...