terça-feira, 22 de março de 2011

Os Efeitos Secundários da Queda

Quando caí, ontem, disse que não me tinha aleijado... Comecei a sentir hoje os efeitos da queda. Tenho o ombro, as pernas e o pescoço todos doridos... E ainda por cima comecei as aulas, às oito da manhã, com Educação Física... Depois de termos feito a milha, jogado voleibol, e feito alguns percursos de estafetas estou... bem, estafado.
Daqui a um bocado tenho de voltar para a escola, para uma agradável aula de matemática. Estou tão farto das aulas... Não sei porquê mas perdi o interesse. Talvez porque é sempre mais do mesmo... Claro, dá para ter uns momentos animados com a turma, como sempre. Mas fica sempre aquele gosto a repetição... Acho que é por sentir a falta de algo. Uma relação que me alegre os dias? Mas depois tenho aqueles meus receios de não estar à altura de uma relação... Além do mais, não estou interessado em ninguém, de momento nem há ninguém interessado em mim, pelo que eu sei.
Ontem, um amigo meu (chamemos-lhe Miguel), começou a falar comigo, a dizer que havia um outro rapaz que o tinha pedido em namoro. A conversa foi avançando e às tantas, ele comentou que me tinha visto, já várias vezes com o Gui, o colega que se senta ao meu lado, já desde o ano passado.O Gui é um rapaz de estatura média-baixa, cabelos pretos, olhos castanhos, pele bronzeada. Tem dezoito anos... Já não é rapaz nenhum, coitado, e estou sempre a relembrá-lo disso. De qualquer das formas, sempre nos demos bem. E o Miguel comentou que poderia acontecer alguma coisa entre mim e o Gui. Eu respondi logo que não, que raio de ideia era essa!? O Gui é hetero, isso nunca poderia acontecer. Essa é a principal razão. Se ele é hetero, não lhe faço olhinhos. Claro, temos as nossas brincadeiras, como todos os rapazes, de vez em quando ele dá-me pancadas leves no ombro para me chamar a atenção, no gozo, ou, para eu lhe dar umas respostas tortas fingidas, sopra-me para os cabelos ou abana-me a orelha. Lol. Mas isso não significa que possa acontecer alguma coisa entre nós para além de amizade, a verdade é essa. Mas o Miguel começou a dizer que já tinha visto coisas mais estranhas, e que até há bem pouco tempo eu também dizia ser heterossexual... Enfim, um monte de argumentos inválidos, na minha opinião. Mas isso, claro está, não me passou assim á frente e fez-me pensar no tal. No Rapaz perfeito. Cheguei a uma conclusão: O Tal não é um rapaz perfeito, é um ser imperfeito, cujos defeitos amamos como se fossem qualidades, e cujas qualidades nos tocam positivamente.

4 comentário(s):

Elijah disse...

Ora aí está uma conclusão a que todos deveriamos chegar e é muito útil para a nossa vida em vários sentidos. Não só para namorados como tb para amigos, etc. Abraço

Unknown disse...

x) Podes crer, é uma boa conclusão, eu diria o mesmo.

Anónimo disse...

“O amor é o sentimento dos seres imperfeitos, posto que a função do amor é levar o ser humano à perfeição.”

Unknown disse...

Gostei da frase x) No entanto, acho que esse processo de levar o ser humano à perfeição é constante e infinito, já que tal coisa como a perfeição é difícil, se não mesmo impossível, de obter.

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